Por Estadão Conteúdo em 26/02/2020 no site DBO Rural
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| Foto: Rizemberg Felipe. | 
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 Brasil deve produzir 10,5 milhões de toneladas de carne bovina e 4,2 
milhões de toneladas de carne suína em 2020, estima o Departamento de 
Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Se confirmados, os volumes 
representam, respectivamente alta de 3,4% e 4,5% ante o produzido no ano
 passado.
As estimativas foram divulgadas em levantamento publicado pelo 
Departamento na última segunda-feira, 24. O USDA atribui o aumento da 
produção de proteína bovina à maior produtividade, exportações recordes 
contínuas e ao fortalecimento do mercado doméstico.
Já a perspectiva de incremento na produção de carne suína, afirma a 
agência, reflete a forte e contínua exportação para a China, a maior 
demanda doméstica e estabilidade nos custos de alimentação animal.
O Departamento do governo norte-americano afirmou que a estimativa de
 crescimento de 2% para a economia brasileira e a expectativa de que as 
exportações brasileiras continuem firmes sustentam a projeção de aumento
 na produção de ambas as proteínas. O USDA prevê também que o País 
exporte 2,53 milhões de toneladas de carne bovina neste ano, 10% a mais 
que o comercializado para o exterior em 2019.
“Impulsionado principalmente pela firme demanda de China e 
Hong Kong. Em 2020, uma combinação de desvalorização da moeda brasileira
 e estabilidade nos preços domésticos provavelmente vão manter as 
exportações brasileiras de carne bovina com preços competitivos mercado 
mundial”, explica o relatório.
De carne suína, o Brasil deve exportar 980 mil toneladas neste ano, 
volume 15% superior ao vendido para o mercado externo em 2019, projeta o
 USDA. A estimativa segundo a agência considera o impacto da peste suína
 africana na China, no Vietnã e outros países asiáticos.
“Exportadores brasileiros e autoridades governamentais também estão 
envolvidos na promoção do mercado para Angola, Chile e África do Sul”, 
destaca o USDA.
O USDA afirmou, ainda, que desde janeiro aumentaram as incertezas em 
relação ao impacto do coronavírus e do acordo entre Estados Unidos e 
China sobre os embarques de carnes do Brasil para a Ásia. A incerteza é 
maior quanto ao reflexo do coronavírus nas exportações de carne bovina 
para a China, em virtude de possíveis restrições logísticas no país.
“Fontes comerciais preveem um aumento contínuo nas exportações de 
carne suína para China/Hong Kong em 2020, apesar dos problemas atuais 
derivados do surto de coronavírus na China”, pondera a agência.
Apesar de ter sido divulgado na segunda, o relatório do USDA foi 
finalizado em 18 de fevereiro. Dessa forma, o levantamento não considera
 a recente reabertura do mercado norte-americano à carne bovina 
brasileira.

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