domingo, 7 de julho de 2019 no site Verde: a cor nova do comunismo
O prof. Frank M. Mitloehner ficou espantado com os exageros contra o consumo de carne |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Frank M. Mitloehner é professor especializado em Qualidade do Ar, no Departamento de Ciência Animal na Universidade da Califórnia – Davis.
Ele ficou espantado pela frequência com que a grande mídia pressiona para comer menos carne a pretexto de salvar o clima.
Alguns ativistas chegam a propor um imposto à carne para reduzir o consumo, comentou “El País” de Madri.
O sofisma é que essa produção gera mais gases estufa que todo o setor do transporte.
Porém, diz o professor, isso é falso.
Trata-se de propaganda veiculada por uma mídia que se diz séria e que leva a suposições inexatas sobre a relação do consumo de carne e a mudança climática.
O prof. Mitloehner levou adiante um projeto para estudar a relação entre esses dois fatores e concluiu que renunciar à carne não é a panaceia que se diz, inclusive se se quer influenciar a mudança climática.
E levada ao extremo, pode trazer consequências nutricionais negativas.
É contra a ciência dizer que a pecuária é culpada da mudança climática. |
Como exemplo de exagero, Mitloehner cita um relatório do Worldwatch Institute de Washington.
Em 2009, essa ONG garantia que 51% da emissão de gases de efeito estufa a nível mundial se devia à criação de gado.
Mas, saindo da fantasia, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA procurou as principais fontes emissoras desses gases em 2016 e achou que foram a produção elétrica (28% do total), o transporte (28%) e a indústria (22%). A agropecuária só emitiu o 9%, e a pecuária escassos 3,9%.
Mas as distorções dos jornais e organismos governamentais ditos sérios prosseguem até hoje repetindo o realejo enganador.
Em 2006, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicou mais um estudo de falsas conclusões com o título A grande sombra do gado: problemas ambientais e opções.
O relatório dizia que a pecuária produzia um espantoso 18% dos gases estufa em todo o planeta e que o gado danificava mais o clima que todos os transportes reunidos.
O prof. Mitloehner desmentiu os falsos e a mídia 'objetiva' lhe caiu acima. |
A afirmação foi declarada falsa e foi desmentida por Henning Steinfeld, o principal autor do relatório. Steinfeld denunciou um acúmulo de falhas metodológicas e conceituais que provocaram monstruosos erros e distorções.
Mas, o documento falso serviu para os ativistas eco-comunistas espalharem ataques contra o agronegócio.
O prof. Mitloehner quis desfazer esses erros numa conferência dirigida a cientistas em San Francisco, em 22 de março de 2010. E o mundo lhe caiu acima, especialmente a grande mídia.
Até a FAO reconheceu a magnitude dos erros, mas a propaganda já os tinha espalhado pelo mundo como sendo verdade revelada.
Até hoje os cientistas, aquecimentistas ou não, lutam para tentar restaurar a verdade sobre os inocentes quadrúpedes.
Uma variante da mesma demagogia de fundo anti-humano recomenda deixar de comer carne pelo menos um dia por semana para contribuir à “luta contra a mudança climática”.
“Nada mais longe da realidade” afirma o professor.
O prof. Mitloehner cita estudo recente que demonstra que se todos os estadunidenses eliminassem todas as proteínas animais de suas dietas, as emissões de gases estufa só diminuiriam num irrelevante 2,6%.
Tentativa da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) “Segunda sem Carne” para “salvar o planeta” foi promovida pela Prefeitura de São Paulo. Porém, colidiu o bom senso. Acabou no fiasco e na risada. |
E segundo o trabalho do professor na Universidade de Califórnia – Davis, se toda a população dos EUA adotasse o meatless monday (segunda sem carne), a redução desses gases seria de insignificante 0,5%.
Acresce que as novas tecnologias, sobre tudo em genética e gestão da agropecuária reduziram de modo significativo o problema.
Os países menos desenvolvidos pedem mais carne porque têm carência, por exemplo no Oriente Médio, norte da África e no sudeste asiático.
Nessas regiões o consumo anual de carne oscila em volta da quarta parte dos países consumidores, com desequilíbrio alimentar para populações imensas.
Tampouco resiste à crítica a suposição de que só com plantas o mundo teria mais comida e calorias por pessoa.
Segundo a FAO, perto do 70% das terras agrícolas do mundo só podem ser usadas para pasto de ruminantes.
Calcula-se que por volta do ano 2050 a população mundial atingirá 9,8 bilhões de pessoas. Alimentar essa multidão será um desafio e não é apenas com plantas que se poderá fazê-lo.
Os nutrientes contidos na carne superam todas as opções vegetarianas.
Ciência: nenhuma receita vegetariana têm tantos nutrientes e a humanidade precisa da carne. |
Além do mais criar gado é fonte de recursos econômicos indispensáveis para os pequenos agricultores nos países mais pobres.
Quer dizer para algo assim como um bilhão de pessoas. Isso não é pouco!
Suprimir o consumo de carne equivaleria a condena-los a uma miséria inimaginável.
Se se quer combater os fatores negativos que agem sobre o ar, a água e a terra, se deve aprimorar a agricultura animal. Essa é a conclusão da ciência, encerra o prof. da Universidade da Califórnia – Davis.
Mas, a confraria verde pouco se importa com a ciência. Ela age em função de motivações ideológicas contrárias ao progresso, à ciência e à civilização.
Steve Goreham: vivemos num mundo de superstições ambientalistas (inglês)
Steve Goreham é conferencista, colunista escritor e pesquisador sobre questões ambientais. É diretor executivo da Climate Science Coalition of America. Eis uma apresentação no Friends of Science 'Climate Dogma Exposed', Calgary, Canadá, 09-05-2017.
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