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RESUMO
Com objetivo de oferecer subsídios ao programa de melhoramento de “Brachiaria” sp. foi conduzido um ensaio
para avaliar a degradabilidade ruminal de acessos de “B. brizantha” cultivados no Acre. O delineamento
experimental utilizado foi o de parcelas sub-dividida, sendo os tratamentos alocados nas sub-parcelas (acessos)
e os tempos de incubação nas parcelas. Os tempos de incubação no rúmen foram: 6, 24 e 96 horas. Utilizou-se
o modelo d= A-B *EXP (-c * t), onde: d= degradabilidade; A= potencial máximo de degradabilidade; B= fração
potencial degradável do material após t0; t0 = material solúvel + pequenas partículas; c= taxa de degradação do
material degradável e t= tempo de incubação (horas). A degradabilidade efetiva foi estimada com taxa de
passagem de 5%/h. A degradabilidade efetiva da matéria seca dos acessos B11, B9 e da cultivar Marandu foram
superiores a 60%. Os resultados demonstraram que os acessos de B1, B10, B16, B12, B11 e B9, devam ser
indicados para futuros ensaios em pastejo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os teores de proteína bruta, fibra em detergente neutro e os valores do potencial máximo de degradabilidade,
taxa de degradação e degrabilidade efetiva da matéria seca dos acessos de “B. brizantha” são apresentados
na TABELA 1.
Entre os acessos e as cultivares pode-se observar grande variação no teor de proteína bruta. Os acessos B17,
B7, B16 e a cultivar Xaraés apresentaram teor de 5,7%, enquanto o acesso B11 apresentou teor de 9,0%.
Salienta-se que a concentração de proteína bruta inferior a 7% pode limitar o consumo e a digestibilidade da
forragem (MILFORD e MINSON, 1966).
Os teores de FDN variaram de 67,2 a 82,8 %, sendo uma das características de forrageiras tropicais.
Resultados semelhantes foram determinados por TORRES et al. (2001), avaliando o teor de FDN em folhas de
nove acessos de “B. brizantha”. MARCELINO et al. (2002) ao determinarem o valor nutritivo de “B. brizantha” cv.
Marandu verificaram que os teores de proteína bruta foram superiores, enquanto os da fibra em detergente neutro
foram inferiores aos determinados neste experimento.
Os potenciais de máxima degradabilidade da matéria seca dos acessos e das cultivares foram altos. Entretanto
ao estimar a degradabilidade efetiva da matéria seca observa-se que os valores variam aproximadamente 38%
(45,2 e 62,2%). Um dos fatores que contribuíram para esta amplitude nos valores foi a taxa de degradação, que
apresentou variação superior a 100% de 0,0283 a 0,0572%/h.
A degradabilidade efetiva da matéria seca dos acessos B11, B9 e da cultivar Marandu foram superiores a 60%,
indicando que estes acessos são promissores para futuras avaliações com animais. MARCELINO et al. (2002)
ao avaliarem a digestibilidade “in vitro” da matéria seca da “B. brizantha” cv. Marandu obteve resultado também
superior a 60%.
Considerando-se apenas a degradabilidade efetiva da matéria seca não se obteve acessos com melhor taxa de
degradabilidade efetiva da matéria seca quando comparados à cultivar Marandu. Entretanto, as características
químicas (teor de proteína bruta e de fibra em detergente neutro) também devem ser considerados no programa
de seleção de genó tipos de “B. brizantha”.
CONCLUSÕES
Os acessos de “B. brizantha” B1, B10, B16, B12, B11 e B9, devem ser indicados para futuros ensaios em
pastejo
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