terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Dinamismo do agronegócio sustenta economia brasileira

Discordo do economista com relação à inflação que na minha opinião não caiu pela ação do BC mas pela forte recessão que o país passa. Acredito que a queda da taxa Selic dará um alivio nas contas públicas ajudando a diminuir o deficit. Quando o Brasil voltar ter um crescimento consistente e caso as contas públicas ainda estejam com deficit nominal (incluis os juros pagos) a inflação voltará a crescer. JEPAlayon.   

Agrolink - 06/02/17 - 14:49 
Economista falará sobre cenário no Brasil e reflexos no campo durante a Abertura da Colheita do Arroz
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A economia do país vive um momento turbulento e o agronegócio, apesar dos bons resultados que sustentam a balança comercial, não está isento dos problemas vividos no Brasil. O tema será discutido na tarde de sexta-feira, dia 17 de fevereiro, durante a vigésima sétima Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que será realizada na Estação Experimental do Arroz, do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), em Cachoeirinha (RS). O economista Marcelo Portugal falará sobre o assunto na palestra "A Conturbada Economia e os Reflexos na Lavoura".
 
Conforme o especialista, o Brasil passa por três problemas interligados para resolver: combate à inflação, retomada do crescimento econômico e equilíbrio das contas públicas. Avalia que o cenário mais positivo é para a inflação, pois os alimentos estão devolvendo boa parte da elevação ocorrida ao longo de 2016. Além disso, a determinação do Banco Central em manter os juros elevados até o final de 2016 também contribuiu para colocar a inflação em uma trajetória de queda. "Em mais três meses a taxa de inflação, que terminou 2016 em 6,29%, estará na meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%. O crescimento econômico deverá responder de forma lenta ao longo de 2017", explica. 
 
Sobre o ajuste fiscal, o economista ressalta que este será o mais difícil dos desafios a serem cumpridos. Observa que o descontrole é de difícil solução, pois envolve muita negociação política. Portugal acredita que o principal motor do crescimento parece ser a queda nos juros, que permitirá mais espaço financeiro para famílias e empresas. Mas, embora a queda esperada dos juros ao longo do ano seja significativa, com a redução da Taxa Selic abaixo de dois dígitos, a resposta da economia será lenta. "Ou seja, em 2017 provavelmente vamos superar a recessão, mas não vai ser uma Brastemp", pondera.
 
Para o especialista, nos últimos dez anos a agropecuária foi o setor mais dinâmico da economia brasileira. Observa que o país é muito competitivo nessa área e, portanto, o setor foi muito beneficiado pelo processo de globalização econômica. "Fomos também beneficiados por questões conjunturais, como a administração do casal Kirchner na Argentina, que prejudicou especialmente a pecuária daquele país, abrindo mais espaço para a carne brasileira no mercado mundial", salienta.
 
Portugal lembra que as previsões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a safra de grãos são positivas para 2017, com uma colheita aproximada de 214 milhões de toneladas de grãos. O economista adverte que os preços internacionais de soja, nossa principal cultura, são atrativos, mais ainda se o câmbio mantiver a trajetória observada nos últimos meses a próxima safra poderá ser plantada com custos mais  baixos. "Mesmo com as incertezas que pairam sobre o comércio internacional atualmente, depois da eleição de Donald Trump, o comércio de alimentos tende a manter-se relativamente sólido e ser menos influenciado por possíveis políticas protecionistas", analisa.

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