O agronegócio norte-americano está em direção de um triste marco: em breve haverá menos de 2 milhões de fazendas nos EUA pela primeira vez em sua história!
O fato é que que sucessivas quedas nos preços do milho, trigo e outras commodities agrícolas provocada por um excesso de grãos em todo o mundo está aumentando o endividamento dos agricultores norte-americanos.
Muitos fazendeiros estão abandonando a atividade por lá! E isso levanta preocupações de que os próximos anos poderiam trazer a maior onda de fechamentos de fazenda desde a década de 1980.
A participação dos EUA no mercado global de grãos é menos da metade do que era na década de 1970. Os rendimentos dos agricultores americanos cairão 9% em 2017, estima o USDA.
A agricultura tradicionalmente sofre influencia das oscilações de preços. Contudo, tais variações estão mais acentuadas e menos previsíveis agora que a economia agrícola tornou-se mais internacional e com mais países cultivando alimentos para exportação.
A participação dos agricultores americanos no comércio mundial de grãos caiu de 65% em meados da década de 1970 para 30% hoje.
Década atrás, o boom de biocombustíveis nos EUA e a crescente classe média da China elevaram os preços de culturas como milho e soja. Muitos produtores americanos investiram no agronegócio, confiantes que o cenário positivo perdurasse no longo prazo.
O boom também incentivou os agricultores de outros países a acelerar a produção, com custos de produção mais baixos, proximidade com mercados de rápido crescimento e , com isso, a produção de milho e trigo nunca foi tão grande.
Nos EUA, enquanto os tamanhos da fazenda saltaram, seu número caiu, de seis milhões em 1945 a pouco mais de dois milhões em 2015, aproximando-se de um limite visto pela última vez em meados do século XIX. O total de acres cultivados nos EUA caiu 24% para 912 milhões de acres.
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