O valor do frete de grãos devem atingir preços recordes para o período até o próximo mês de setembro, em função da colheita da segunda safra de milho. É o que aponta levantamento do grupo de pesquisa e extensão em logística da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (EsalqLog).
De acordo com o estudo, o preço do frete na “rota de referência entre Sorriso e Rondonópolis” (no Mato Grosso) pode ter incremento superior a 35%. A maior aumento, no entanto, será verificado no trecho entre Toledo e o porto de Paranaguá (no Paraná), quando a inflação pode chegar a 74,2%.
“Esta supersafra de milho precisa sair dos campos e ir para os armazéns das cooperativas e indústrias. Mas a maior demanda será para transporte aos portos, para exportação. Não importa o preço do milho, o cereal terá que sair do país porque aqui não há demanda interna suficiente”, explica Samuel da Silva Neto, pesquisador da EsalqLog.
O problema é agravado porque ainda há soja estocada da safra 2016/17, que os produtores deixaram de comercializar devido à queda nas cotações. De acordo com alguns levantamentos, ainda faltam serem vendidas 30% da produção da oleaginosa, quando o normal para o período seria de um remanescente de 17%.
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