Em 11/07/2017 no site Canal Rural
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais altos nesta terça-feira, mais uma vez influenciados pelas previsões de clima seco e temperaturas elevadas nos Estados Unidos.
Os contratos para agosto fecharam a 11ª sessão seguida com ganhos, atingindo o maior patamar desde o dia 8 de março. A alta acumulada desde 22 de junho já chega a 14%.
O mercado brasileiro de soja teve um dia mais lento em termos de negócios e preços praticamente inalterados. Os negócios ficaram restritos ao mercado gaúcho, onde as operações envolveram entre 50 mil e 70 mil toneladas.
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
- Agosto/17: 10,29 (+4,50 centavos)
- Setembro/17: 10,34 (+4,20 centavos)
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
- Passo Fundo (RS): 70,50
- Missões (RS): 70,00
- Cascavel (PR): 69,00
- Rondonópolis (MT): 63,00
- Dourados (MS): 61,50
- Rio Verde (GO): 65,00
- Porto de Paranaguá: 76,00
- Porto de Rio Grande (RS): 75,50
- Porto de Santos (SP):75,00
- Porto de São Francisco do Sul (SC): 74,50
Relatório de oferta e demanda
Agora, a atenção dos investidores voltam para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quarta e deverá reduzir a estimativa para a safra 2017/2018 nos Estados Unidos e cortar a previsão para os estoques.
Analistas e traders consultados pelas agências internacionais indicam previsão de safra de 4,241 bilhões de bushels, equivalente a 115,42 milhões de toneladas. Em junho, a indicação era de 4,255 bilhões de bushels ou 115,8 milhões de toneladas. Em 2016/17, os americanos colheram 4,307 bilhões ou 117,2 milhões.
O mercado projeta estoques 2016/17 de 434 milhões de bushels, o equivalente a 11,81 milhões de toneladas. Em junho, o USDA indicou estoques em 450 milhões de bushels ou 12,25 milhões de toneladas. Para 2017/18, o Departamento deverá indicar estoques em 483 milhões de bushels ou 13,15 milhões de toneladas. No mês anterior, o número ficou em 495 milhões de bushels ou 13,47 milhões de toneladas.
Para os estoques mundiais, a previsão para 2016/17 deve ser mantida em 93,2 milhões de toneladas. Para 2017/18, o número deverá ficar inalterado em 92,2 milhões de toneladas
A aposta é de que o USDA indique um número de produção do Brasil de 114 milhões de toneladas, repetindo o relatório anterior. Para a Argentina, a previsão é de corte e o mercado aposta em retração de 57,8 milhões para 57,7 milhões de toneladas.
Milho
O milho em Chicago registrou preços mais baixos nesta terça. O mercado foi pressionado por um movimento de realização de lucros frente aos bons ganhos registrados na última sessão. Os investidores também estiveram em compasso de espera para a divulgação do relatório de oferta e demanda de julho do USDA, que ocorre nesta quarta.
A previsão de analistas e traders consultados por agências internacionais é que a safra norte-americana 2017/18 seja apontada em 14,074 bilhões de bushels, acima dos 14,065 bilhões de bushels divulgados em junho, mas abaixo dos 15,148 bilhões de bushels registrados em 2016/17.
Para a safra mundial 2016/17, analistas e traders estimam que os estoques sejam apontados em 225,7 milhões de toneladas, acima das 224,6 milhões de toneladas apontadas em junho. Para a temporada 2017/18 a expectativa é de que os estoques globais sejam indicados em 195,2 milhões de toneladas, acima das 194,3 milhões de toneladas apontadas em junho.
Analistas também apostam que o Departamento irá revisar as estimativas de produção de milho do Brasil, que deve ser apontada em 97,5 milhões de toneladas, superando as 97 milhões de toneladas indicadas em junho. Para a Argentina a expectativa é de que a safra 2016/17 seja mantida em 40 milhões de toneladas.
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