Empresas processadoras de carne suína nos Estados Unidos podem assumir um nível maior de responsabilidade na fiscalização de suas operações industriais e aumentar o ritmo de abate de animais. Conforme novas regras propostas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o limite máximo de abate passaria de 1.106 para 1.295 animais por hora. O novo sistema também deslocaria inspetores do USDA da linha de processamento de carcaças para outras posições nas unidades. Isso, segundo a agência, daria aos fiscais uma melhor visualização das práticas de segurança alimentar.
A nova proposta atende a solicitações de companhias de aves e suínos, encaminhadas em meados de setembro de 2017, e se baseia em um programa piloto de 15 anos. O programa envolveu cinco plantas de suínos dos EUA autorizadas a processar a carne em velocidades 17% superiores aos padrões adotados pelo mercado. O USDA argumenta que as taxas médias de lesões em funcionários das unidades foram baixas durante o programa piloto, mas reconhece que a automação é maior nessas plantas.
Críticos afirmam que uma auditoria em 2013 descobriu que as empresas participantes do programa piloto descumpriam várias regras de segurança alimentar. Segundo eles, as mudanças propostas na fiscalização podem aumentar o risco de contaminação dos alimentos por bactérias mais nocivas à saúde. Wenonah Hauter, diretora executiva da organização sem fins lucrativos Food and Water Watch, disse que o programa piloto não conseguiu mostrar que a autofiscalização pelas empresas pode resultar em alimentos seguros.
Dow Jones Newswires/Dinheiro Rural
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