sábado, 8 de abril de 2017

SEMANA: Fraca demanda volta a derrubar preço do suíno no Brasil

Porto Alegre, 7 de abril de 2017 – O mercado brasileiro de carne suína registrou desvalorização nas cotações na primeira semana de abril. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a demanda segue enfraquecida e, com isso, os frigoríficos seguem tentando evitar uma grande formação de estoques. “Por conta dos desdobramentos da Operação Carne Fraca o mercado segue muito especulado e sem grandes espaços para uma recuperação”, sinaliza.
     Maia ressalta que a entrada da massa salarial nos próximos dias é uma variável que pode frear o movimento de queda nas cotações, embora o quadro permaneça bastante negativo diante da lentidão apresentada no ambiente de negócios nos últimos dias.
     O levantamento de SAFRAS & Mercado indicou que a média de preços pagos pelo suíno vivo na Região Centro-Sul chegou a R$ 3,62, 3,29% abaixo dos R$ 3,74 praticados na semana passada. A média de preços pagos pelos cortes de pernil ficou em R$ 7,29, retração de 0,79% em relação ao valor da semana anterior, de R$ 7,35. A carcaça teve um preço médio de R$ 6,36, baixa de 2,40% ante o preço praticado no início do mês, de R$ 6,51.
     Maia sinaliza que o mercado segue atento aos dados de exportação, já que um alto fluxo é essencial para a formação dos preços internos. A queda registrada para os embarques in natura pode ser atribuída aos efeitos da Operação Carne Fraca.
     Segundo levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal, as exportações de carne suína in natura tiveram retração de 3,4% no desempenho do setor em março em relação ao terceiro mês de 2016, com total de 54,8 mil toneladas (contra 56,7 mil toneladas no ano passado). Já em receita, houve crescimento de 39,5%, com US$ 138,3 milhões neste ano (frente a US$ 99,1 milhões no ano anterior).
     No saldo total do primeiro trimestre, as exportações de carne suína in natura atingiram elevação de 9,9% na comparação com os três primeiros meses do ano anterior, chegando a 153,4 mil toneladas em 2017.  Em receita, a alta chega a 47,9%, totalizando US$ 365,5 milhões neste ano.
     A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo ficou em R$ 74,00, abaixo dos R$ 78,00 praticados na semana passada. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 3,27. No interior a cotação passou 3,70 para R$ 3,65. Em Santa Catarina o preço do quilo continuou em R$ 3,45 na integração. No interior catarinense, a cotação retrocedeu de R$ 3,75 para R$ 3,69. No Paraná o quilo vivo retrocedeu de R$ 4,00 para R$ 3,75 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo caiu de R$ 3,67 para R$ 3,50.
     No Mato Grosso do Sul a cotação na integração recuou de R$ 3,20 para R$ 3,10, enquanto em Campo Grande o preço baixou de R$ 3,55 para R$ 3,40. Em Goiânia, o preço passou de R$ 4,00 para R$ 3,70. No interior de Minas Gerais o quilo baixou de R$ 3,80 para R$ 3,60 e, no mercado independente mineiro, de R$ 4,00 para R$ 3,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis seguiu em R$ 3,55. Já na integração do estado a cotação continuou em R$ 3,30.
     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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