Porto Alegre, 13 de abril de 2017 – O mercado físico de boi gordo teve uma semana de preços entre estáveis a mais baixos, mas já com alguma sinalização positiva após o vendaval provocado pela Operação Lava Jato. “Muitas unidades frigoríficas se mantiveram afastadas durante a semana”, aponta o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, a semana trouxe um novo elemento: as escalas de abate estão curtas de uma maneira geral nos frigoríficos. “Isso resulta em muita dificuldade para a compra de gado”.
Os preços da carne no atacado, que começaram a reagir nos últimos dias com uma demanda mais aquecida, resultante do recebimento da massa salarial, podem ter reflexos sobre os valores que os pecuaristas recebem pelo boi gordo caso o movimento se intensifique na próxima semana.
A média de preços da arroba do boi gordo nas principais praças de comercialização ficou assim na segunda semana de abril:
* São Paulo – R$ 138,92 a arroba, contra R$ 140,27 na primeira semana.
* Goiás – R$ 125,00, estável.
* Minas Gerais – R$ 130,00, contra R$ 132,00 a arroba.
* Mato Grosso do Sul – R$ 129,83, estável.
* Mato Grosso – R$ 121,33, contra R$ 122,83 a arroba.
Exportações
As exportações de carne bovina "in natura" do Brasil renderam US$ 84,2 milhões em abril (5 dias úteis), com média diária de US$ 16,8 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 20 mil toneladas, com média diária de 4 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.204,20.
Na comparação com março, houve perda de 4% no valor médio diário da exportação, baixa de 6,2% na quantidade média diária exportada e ganho de 2,3% no preço médio.
Na comparação com abril de 2016, houve perda de 0,6% no valor médio diário, baixa de 7,4% na quantidade média diária e valorização de 7,3% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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