Por Agroin Comunicação em 19/12/2017
O Brasil aumentou em 35% sua produção de feijão mesmo com uma redução de 30% na área plantada nos últimos 40 anos. É o que aponta estudo da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) que avaliou a eficiência de seu programa de melhoramento genético da cultura.
De acordo com a pesquisa, esse ganho se deve ao incremento da produtividade das lavouras através, principalmente, do uso de novas variedades. O feijão-carioca (o mais cultivado e consumido no País), por exemplo, teve um incremento de produtividade da ordem de 0,72%, o que representa aumento de 17 quilos por hectare ao ano.
De acordo com a Embrapa, em um período de 22 anos estudados, o avanço da produtividade acumula alta de 380 quilos por hectare. Isso equivale a quase um terço da produtividade média nacional – de 1.354 quilos por hectare.
“Como o estudo foi conduzido com repetições e em vários ensaios no campo, foi possível representar mais fielmente as condições de interação entre os genótipos e os diferentes ambientes de cultivo; e fazer uma estimativa consistente do progresso genético médio para produtividade de grãos, por meio do método do tipo direto, permitindo alcançar resultados bastante precisos”, explica o pesquisador que esteve à frente desse projeto, Luis Claudio de Faria, que atua no programa melhoramento de feijão da Embrapa em Aracaju (SE).
Segundo a Embrapa, além da produtividade houve ganho significativo de 2,37% ao ano na qualidade de grãos com o progresso genético para o feijão-carioca. Isso se traduz em menor tempo de cozimento, coloração do caldo, não escurecimento do produto empacotado e rendimento de grãos inteiros no beneficiamento.
“O progresso genético nas duas características mais importantes, produtividade e qualidade de grãos, evidencia que o caminho seguido está na direção desejada e que, pelo menos por enquanto, não é preciso adotar nenhuma medida corretiva”, conclui Faria.
Autoria: Leonardo Gottems | Agrolink
Nenhum comentário:
Postar um comentário