Prof. Dr. Paulo Machado*
Em 27/03/2017 no site MilkPoint.
Com muita frequência, ouvimos produtores de leite afirmar que, entre todos os desafios enfrentados na fazenda, a gestão de pessoas é o mais difícil. A maioria, inclusive, se refere aos funcionários como “o grande problema”. E isso diz muito sobre o quanto o relacionamento entre gestores e empregados costuma ser conduzido de forma equivocada na pecuária leiteira. Afinal, as pessoas são a principal alavanca para o sucesso de qualquer negócio. De nada adianta termos instalações modernas, a melhor nutrição e genética de ponta, se não houver quem opere isso tudo de forma eficiente.
Os funcionários, portanto, devem ser vistos como solução e não como problema. Para tanto, precisamos criar um ambiente de trabalho que permita seu engajamento. No Sistema MDA, consideramos três condições essenciais para que isso aconteça: conexão, participação e criação. Primeiro, é preciso fazer com que as pessoas entendam o propósito do negócio em que estão inseridas e se conectem com ele. O próximo passo é envolvê-las nas decisões relacionadas ao trabalho. Como consequência, abre-se um espaço para os funcionários criarem, sugerindo ações que contribuam de forma efetiva para o crescimento do negócio.
Essas três condições, se implementadas, fazem com que as pessoas tenham o sentimento de autorrealização, uma das cinco necessidades identificadas por Maslow em sua famosa “pirâmide das necessidades humanas”. As demais necessidades — básicas ou fisiológicas, de segurança, sociais e de reconhecimento — são igualmente importantes para que o indivíduo possa expressar todo seu potencial produtivo. Porém, a autorrealização se mostra ainda mais relevante, pois está relacionada à motivação interna (intrínseca).
Portanto, mesmo que as demais necessidades não sejam atendidas, se essa for, a pessoa se engajará. Um exemplo muito comum, que ilustra a importância da autorrealização, é o dos funcionários que abandonam seus empregos, deixando para trás salário, segurança, convívio social e até reconhecimento, e se aventuram em um negócio próprio. Por um sonho, se lançam ao desconhecido. E passam a trabalhar 14 ou mais horas por dia, sem salário, mas dão tudo de si e de suas famílias para o sucesso da nova empreitada.
Deveríamos transformar nossas fazendas em negócios novos, capazes de encantar as pessoas. E isso exige que os empregados sejam tratados como sócios. Precisamos mostrar a eles que existe um sonho comum realizável. Esse sonho, obviamente, tem que ser materializado a partir de histórias, fatos e dados, e compartilhado com as pessoas por meio do convívio diário, da perambulação, das reuniões semanais e das celebrações.
Como consequência, o sonho será desdobrado em realizações palpáveis e de curto prazo, como, por exemplo, a implantação do 5S na ordenha. Desse modo, todos passam a ser envolvidos nas tarefas e, após o alcance do resultado, celebram juntos as conquistas. E assim, dia após dia, o negócio vai sendo organizado e melhorado. Compartilhado com todos, o sonho gera imensa alegria de trabalhar, pois o sucesso do negócio significa também o sucesso das pessoas.
Esse é o caminho para que os empregados da fazenda se sintam valorizados e, assim, desejem sempre melhorar o resultado do trabalho realizado no cotidiano. Se você ainda não conseguiu esse engajamento na sua propriedade, é hora de repensar o modelo de gestão. E lembre-se: para qualquer problema que se apresente, a solução passa pelas pessoas.
Os funcionários, portanto, devem ser vistos como solução e não como problema. Para tanto, precisamos criar um ambiente de trabalho que permita seu engajamento. No Sistema MDA, consideramos três condições essenciais para que isso aconteça: conexão, participação e criação. Primeiro, é preciso fazer com que as pessoas entendam o propósito do negócio em que estão inseridas e se conectem com ele. O próximo passo é envolvê-las nas decisões relacionadas ao trabalho. Como consequência, abre-se um espaço para os funcionários criarem, sugerindo ações que contribuam de forma efetiva para o crescimento do negócio.
Essas três condições, se implementadas, fazem com que as pessoas tenham o sentimento de autorrealização, uma das cinco necessidades identificadas por Maslow em sua famosa “pirâmide das necessidades humanas”. As demais necessidades — básicas ou fisiológicas, de segurança, sociais e de reconhecimento — são igualmente importantes para que o indivíduo possa expressar todo seu potencial produtivo. Porém, a autorrealização se mostra ainda mais relevante, pois está relacionada à motivação interna (intrínseca).
Portanto, mesmo que as demais necessidades não sejam atendidas, se essa for, a pessoa se engajará. Um exemplo muito comum, que ilustra a importância da autorrealização, é o dos funcionários que abandonam seus empregos, deixando para trás salário, segurança, convívio social e até reconhecimento, e se aventuram em um negócio próprio. Por um sonho, se lançam ao desconhecido. E passam a trabalhar 14 ou mais horas por dia, sem salário, mas dão tudo de si e de suas famílias para o sucesso da nova empreitada.
Deveríamos transformar nossas fazendas em negócios novos, capazes de encantar as pessoas. E isso exige que os empregados sejam tratados como sócios. Precisamos mostrar a eles que existe um sonho comum realizável. Esse sonho, obviamente, tem que ser materializado a partir de histórias, fatos e dados, e compartilhado com as pessoas por meio do convívio diário, da perambulação, das reuniões semanais e das celebrações.
Como consequência, o sonho será desdobrado em realizações palpáveis e de curto prazo, como, por exemplo, a implantação do 5S na ordenha. Desse modo, todos passam a ser envolvidos nas tarefas e, após o alcance do resultado, celebram juntos as conquistas. E assim, dia após dia, o negócio vai sendo organizado e melhorado. Compartilhado com todos, o sonho gera imensa alegria de trabalhar, pois o sucesso do negócio significa também o sucesso das pessoas.
Esse é o caminho para que os empregados da fazenda se sintam valorizados e, assim, desejem sempre melhorar o resultado do trabalho realizado no cotidiano. Se você ainda não conseguiu esse engajamento na sua propriedade, é hora de repensar o modelo de gestão. E lembre-se: para qualquer problema que se apresente, a solução passa pelas pessoas.
*Diretor da Clínica do Leite, é professor da Esalq/USP, professor titular em Bovinocultura de Leite, com 43 anos de experiência em gestão de fazendas.
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