Novas técnicas de irrigação estão sendo utilizadas por produtores de flores e plantas ornamentais de Holambra, no interior de São Paulo, para reduzir o consumo de água e aumentar a produtividade da floricultura.
A Jan de Wit Lírios, que tem cerca de 1 500 hectares de estufas de cultivo de flores, adotou o sistema de irrigação por alagamento combinado a um método de piso de cultivo. A tecnologia é uma das mais avançadas do mundo.
Wit conheceu a metodologia quando realizou uma série de visitas a produtores na Holanda, no ano passado. Ao retornar ao Brasil, tratou de adequar a propriedade para implantar o sistema o mais rápido possível. “Em menos de um ano, a economia de água já é de 75% e houve também um expressivo ganho de produção por metro quadrado”, diz Wit.
Para pôr o projeto em prática, o primeiro passo foi construir em um grande reservatório, com capacidade para 30 milhões de litros de água. “Ter um tanque desse tamanho é muito importante porque, mesmo que haja uma estiagem de 10 meses , um ano, a produção não será prejudicada”, diz ele.
Nas estufas da propriedade, Wit investiu na colocação de um piso especial, feito de ráfia, basalto e filme plástico, capaz de represar a água durante o processo de irrigação.
Os vasos têm pequenos furos, por onde entra a água. Uma série de drenos, controlados por uma máquina, regulam a irrigação nas estufas. A água que sobra é encaminhada para o reservatório, onde é tratada e, em seguida, reutilizada. “É um sistema inteligente e ambientalmente correto, que permite inclusive uma melhor qualidade na produção”.
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