quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Artigo Agrolink - Startups de tecnologia no agronegócio

Startups: o agronegócio e as revoluções tecnológicas

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Startups: o agronegócio e as revoluções tecnológicas
18/10/16 - 22:26 
Novos modelos de negócios surgiram e criaram uma verdadeira revolução em questão de empreendedorismo, tecnologias e aceleradoras que garantem uma oportunidade com retornos financeiros.  Assim vistas como revoluções tecnológicas, as startupstambém ganharam seu lugar no agronegócio e devem estar presentes ainda mais nos próximos anos.
Startups é uma organização humana estruturada para desenvolver um modelo de negócios para um produto, processo ou serviço de natureza inovadora.  Francisco Jardim, sócio fundador da SP Ventures explica que investir em startups, principalmente no Brasil e na atual conjuntura econômica, é uma alocação de capital de alto risco. Então a percepção de insegurança não está de certa forma toda errada.  “É importante entender que esta insegurança, que nós do mercado de investimentos chamamos de risco, também significa uma oportunidade para obter maiores retornos. Nenhuma classe de ativos oferece uma oportunidade de ganho tão alto quanto o investimento numa startup de tecnologia. Mas é fundamental que o processo de seleção e acompanhamento da startup seja feito com muito profissionalismo e critério técnico”, salienta Francisco.
Trata-se de uma revolução nova no mundo: o foco dos fundos de venture capital e o empreendedorismo de alto impacto em agronegócio. Os startups de agtech são um fenômeno novo, mas avassalador.  A ideia é de que o setor descobriu que as próximas grandes inovações não sairão das empresas tradicionais. As grandes empresas do setor claramente também entraram num ciclo de crise existencial, tanto que começaram um processo de megafusões.
“Nossa Gestora de Investimentos, SP Ventures, decidiu há algum tempo focar quase que exclusivamente nesta vertical. No Fundo atual, já apoiamos sete startups do setor de agtech. Acreditamos que o Brasil será o principal mercado de crescimento agrícola, onde estará concentrada a ampliação da produção de alimentos, para garantir a segurança alimentar de forma sustentável do planeta. Isso só será feito com enormes ganhos de produtividade através da adoção de novas tecnologias. Estas inovações virão das startups de agtech, justamente nos anos em que as empresas consolidadas estarão distraídas com seus processos de integração pós-fusão” relata o Sócio fundador da SP Ventures.
Muitos afirmam que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. É preciso entender que, neste mundo dos negócios, não somente gerar resultados, mas estar ciente que as startups precisam de gestão, estratégia e investimentos. O momento atual no país é considerado instável, porém disto pode ser uma oportunidade para estabilizar alguns pontos - empresas tradicionais e consolidadas sofrem bem mais na crise, pois carregam estruturas operacionais pesadas. Elas têm menos flexibilidade para cortar custos e ajustar produtos.

O Sócio Fundador da SP Ventures ainda destaca que o sistema atual no Brasil precisa evoluir em três frentes para ficar mais competitivo:
A) Precisamos de mais recursos humanos na área de exatas, como engenheiros e cientistas da computação. A escassez crônica de mão de obra qualificada nos torna pouco competitivos num ambiente de concorrência global com Índia, China, EUA, e outros.
B) Desburocratização e redução de custos tributários. Aqui entram as reformas tributárias, trabalhistas e simplificações nos trâmites de abertura de empresas.
C) Redução do custo de capital. Sem acesso a capital farto e competitivo, nossas startups sempre estarão em desvantagem no cenário internacional. Esse talvez seja o processo mais difícil e demorado, mas também necessário. Com a queda da inflação, o Banco Central já deverá começar a reduzir as taxas básicas. Mas é importante que haja um ajuste forte das contas públicas para o Governo deixar de competir com o setor privado, e por consequência com as startups, por capital.
Bruno Perin, empreendedor, consultor e autor do livro "A Revolução das Startups" afirma que as startups vem ganhando força vertiginosamente, mesmo em meio a um momento de crise, a vontade de crescimento neste setor é ainda maior. O Empreendedor ressalta que é possível notar o volume de grupos de pessoas se reunindo para novas ideias apostando no setor. “É muito comum o Brasileiro se sustentar em ideias que já deram certo no exterior. É comum acreditar que modelos que já foram comprovados como eficiente, sejam adotados”.
Com o crescimento neste segmento, muitas empresas já adotaram as startups para seus negócios e assim trazendo recursos benéficos e práticos para o setor do agronegócio. Saiba mais sobre as apostas tecnológicas:
Agronow:
Software de mapeamento e produtividade agrícola que afere, com precisão superior a 90% e em tempo real, a produção futura e passada de propriedades rurais.
agrosmart:
Plataforma de inteligência agronômica que traz a Internet das Coisas e Big Data para o campo, reduzindo os gastos com irrigação em até 60% por meio de combinação de hardware e software em nuvem.
PROMIP:
Criação de ácaros predadores até 40 vezes mais eficientes que defensivos químicos no controle de pragas agrícolas.
InCeres:
Sistema de Agricultura de Precisão focado no manejo da fertilidade do solo, que eleva a eficiência e encurta o ciclo da análise de solo por meio de algoritmo geoestatístico proprietário.
Sua Fazenda:
Plataforma online que permite produtores, cooperativas e empresas atuantes no setor agrícola, identificarem oportunidades e expandir seus negócios.

As startups – o empreendedorismo e o cenário positivo
Quando o assunto é investimento, muitos se perguntam a hora certa de investir e os possíveis riscos de lançar-se aos novos modelos propostos.
De acordo com Andrewes Pozeczek Koltermann, Analista de Sistemas, empresário e professor universitário, muitos empreendedores visualizam nas startups a possibilidade de ter o seu próprio negócio. E é fato que as empresas com base tecnológicas possibilitam, além de um universo de possibilidades de atuação, um grande ganho financeiro, ainda mais se forem subsidiadas por apoio, investimento ou fomento (subsídios governamentais). “Acredito que esta no momento de investir no "intraempreendedorismo", onde profissionais de empresas já maduras possam ter espaço para inovar, não apenas agregando valor, mas remodelando produtos e serviços. Isso enquanto um departamento ou no formato de uma "spi-noff", dando assim origem a novas startups, ressalta o Empresário.
Andrewes, também consultor de negócios pela Fundação Getúlio Vargas e Mestre em Tecnologias Educacionais em Rede pela UFSM, avalia as startups não como uma revolução, visto que, hoje, já é uma realidade. As startups são geridas essencialmente por empreendedores, focados nos seus resultados, acima de tudo, muitas vezes até mesmo do lucro. Por isso que relacionamos os empreendedores às suas motivações e paixões. “A grande revolução será iniciada quando os grandes e tradicionais empresários investirem esforços para dar mais espaço em suas organizações a estes empreendedores”.
O empresário investe esforços da sua empresa, Dois Atitude Criativa, em um projeto na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul em parceria com uma faculdade local e caso haja um grau de maturidade e sustentabilidade, a pretensão é transforma-la em uma startup.  “O cenário na cidade nunca foi tão positivo - além do Tecnoparque (http://santamariatecnoparque.com.br/institucional.html), o Centro Software (APL - Arranjo Produtivo Local que reúne empresas de Tecnologia do Centro do RS) tem profissionalizado as empresas, oportunizando acesso não somente a informações, mas principalmente a parcerias. Em minha opinião, o sucesso das startups está diretamente relacionada as parcerias existentes”  afirma o Consultor da FGV.

Agrolink
Autor: Aline Merladete

SCOT Consultoria - Análise do mercado de boi gordo na última semana

Mercado do boi gordo

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Artigo Agrolink - Balança do agronegócio

Balança do agronegócio tem superávit de US$ 57,57 bi no acumulado do ano

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Balança do agronegócio tem superávit de US$ 57,57 bi no acumulado do ano
07/10/16 - 12:13 
As exportações brasileiras do agronegócio alcançaram US$ 67,36 bilhões de janeiro a setembro deste ano, crescimento de 0,6% em relação ao mesmo período de 2015. As importações, por sua vez, somaram US 9,79 bi. Com isso, a balança foi superavitária em US$ 57,57 bi. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), os produtos de origem vegetal foram os que mais contribuíram para as vendas externas do setor no período. Um dos destaques é o complexo sucroalcooleiro. Só o açúcar cresceu 37,5%, com uma receita de US$ 7,37 milhões.
As vendas externas de milho chegaram a US$ 3,13 milhões de janeiro a setembro, 43,8% de aumento na comparação com o mesmo período do ano passado. Em quantidade, a alta foi ainda maior: 52,3% (18,78 milhões de toneladas).
A soja em grão teve uma redução de 3,4% na receita (US$ 18,5 bilhões). Segundo a SRI, o motivo é uma queda de 3,5% no preço médio.
O setor de carnes somou U$S 10,74 bilhões nas vendas externas, nos nove primeiros meses deste ano. Quase a metade é de carne de frango (48,2%). Depois, vêm a carne bovina (37,7%), carne suína (9,8%) e a carne de peru (2,2%).
Em relação ao mesmo período de 2015, apenas a carne suína e a de peru cresceram em valor (+12,2% e +1,8%, respectivamente). Mas, em volume, quase todas as carnes aumentaram, com destaque para a carne suína in natura, que cresceu 41,2% (474 mil toneladas).
Em setembro, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 6,91 milhões, o que representa uma queda de 4,5% em relação ao mesmo período de 2015.
Já nos últimos 12 meses (outubro de 2015 a setembro de 2016), as vendas externas totalizaram US$ 88,63 bi, 1% de acréscimo sobre o período anterior.
Veja aqui e aqui a análise dos dados da SRI.


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Artigo Agrolink

Argentina reativa ferrovias para exportar via Oceano Pacífico

Uma solução de médio prazo foi encontrada para os problemas de transporte no Noroeste argentino. Uma velha ferrovia que conecta a província de Salta, na Argentina, com os portos de Antofagasta e Mejillones, no Chile, começou a ser reativada.04/10/16 - 11:22 
A estimativa do governo argentino é reduzir em um terço os custos de transporte para a Ásia pelo Oceano Pacífico. Nesse primeiro momento, a ferrovia transporta até 500 toneladas por semana, principalmente insumos para produção de minerais, e é operada pelas empresas Belgrano Cargas (Argentina) e Ferronor (Chile). 
Na província de Salta recentemente foi encontrada a maior reserva de lítio do mundo, que deve ser explorada pela empresa Pan American Silver em investimento de US$ 1 bilhão, com objetivo de exportação principalmente para a China. Paulatinamente a ferrovia exportará mais produtos agrícolas, como soja e milho, deixando a província de Salta mais competitiva nesse tipo de produção.

Agrolink


Autor: Leonardo Gottems


O governo argentino se movimento para baratear os custos de exportação do pais. Por que o Brasil não verifica a possibilidade de se integrar com esta ligação para o Pacífico?