quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Portal DBO - Qual o custo de implantação de sistemas ILPF?

ILPF
20 de dezembro de 2016 - 11:15


Pesquisa feita pela Embrapa Agrossilvipastoril comparou quatro configurações distintas de integração e avalia seu custo-benefício

A decisão pela implantação de uma área com integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) em uma propriedade deve ser feita após um planejamento do produtor. Além de avaliar aptidão da fazenda, viabilidade agronômica, logística e mercado, os indicadores econômicos também são ferramentas importantes para a escolha. Dados de uma pesquisa realizada pela Embrapa Agrossilvipastoril em parceria com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) e Rede de Fomento ILPF ajudam na tomada de decisão.
Os números são de um levantamento feito em quatro diferentes configurações de ILPF em uma Unidade de Referência Tecnológica e Econômica (URTE) localizada na Fazenda Gamada, em Nova Canaã do Norte (MT). Os resultados da avaliação dos oito anos iniciais do sistema são indicativos sobre tempo de retorno do investimento, rentabilidade de modelos com mais ou menos árvores (com diferentes espécies) e do comportamento do fluxo de caixa.
De acordo com o analista do Imea Miqueias Miquetti, a comparação entre os quatro tratamentos serve como exemplo para que produtores possam prever o comportamento financeiro de um sistema produtivo que pretendem adotar.
"Se o produtor espera algo que seja sustentável ao longo dos anos do ponto de vista econômico, ele vai escolher um tratamento ou um tipo de espaçamento. Mas se o que ele quer é ir tocando a fazenda dele, pagando os custos e gerando um fluxo de caixa mínimo para se manter e no final de 10, 15 ou 20 anos, ter um volume de dinheiro maior, ele pode optar por outro tratamento. Vai depender do modelo de negócio e de onde estiver localizada a propriedade", alerta.
Resultados da Unidade de Referência - Três dos tratamentos utilizados na Fazenda Gamada contam com eucalipto como componente arbóreo, disponíveis em renques de linhas simples, duplas ou triplas. O quarto tratamento utiliza a teca em renques de linhas triplas. Em todos eles foram plantadas lavouras nos três primeiros anos, com cultivo de arroz, soja/feijão e soja/milho com braquiária. A partir do terceiro ano agrícola os animais de corte entraram na área. Além disso, já foi realizado um desbaste nas árvores, utilizando-se estacas para fazer mourões tratados para uso na fazenda e a lenha para alimentar o secador de grãos da propriedade.
Os dados econômicos da fazenda mostram que a lucratividade, o retorno do investimento e o fluxo de caixa variam conforme as características de cada uma das configurações.
O modelo de retorno mais rápido - O tratamento com linha simples de eucalipto, por exemplo, por permitir maior lotação de animais e maior área agricultável, foi o primeiro a revelar retorno do investimento (payback), o que já ocorreu do quarto para o quinto ano do sistema. Esse tratamento também apresenta o maior índice de lucratividade no período avaliado, com R$ 1 de lucro para cada R$ 1 investido. O valor presente líquido anual (VPLA) é de R$ 228,9 por hectare, superando os demais tratamentos a que foi comparado.
Por outro lado, o tratamento que utiliza a teca como componente arbóreo também apresenta números atraentes no período, contando ainda com uma previsão de maior lucratividade ao longo do tempo com a venda da madeira de alto valor agregado. Nesse caso, nos oito anos iniciais do sistema, para cada R$ 1 investido, o lucro foi de R$ 0,77. O VPLA por hectare foi de R$ 158,5.
Já o tratamento que utiliza eucalipto em linha tripla tem como vantagem menor custo com manejo das árvores, quando comparado à teca, uma vez que são necessárias menos operações de desrama e poda, e também menor custo com manejo de rebanho, já que a taxa de lotação é menor do que no tratamento com linha simples. Além disso, outra vantagem é o corte das árvores mais cedo que a teca, trazendo maior lucratividade em menor tempo.

Outro indicador importante para se levar em conta é o chamado lucro operacional líquido após o imposto, conhecido como Nopat. Ele mostra o dinheiro disponível para o produtor a cada ano, fazendo-se a relação entre receitas e despesas totais, impostos e depreciação de equipamentos. Em oito anos é possível ver como o lucro oscila de acordo com operações como o desbaste de árvores e o manejo operacional de culturas. No exemplo da Fazenda Gamada, em 2016 a venda de teca oriunda de desbaste, mesmo sendo ainda madeira fina, garantiu o maior lucro desse tratamento.

O analista do Imea Miqueias Michetti destaca nos dados a possibilidade de o produtor antever o comportamento financeiro de cada tipo de sistema. Com isso, ele pode identificar a configuração que melhor se adéqua ao seu perfil e ao tipo de investimento que pretende fazer.

"A escolha do espaçamento e do componente que você vai usar é muito importante para você estruturar o tipo de negócio que você vai ter. Se eu quero um fluxo de caixa contínuo, eu não posso esperar 20 anos. Então vou escolher uma configuração com menor quantidade de árvores. Linhas simples, por exemplo. Agora, quero um fluxo de caixa mínimo para manter minha fazenda, mas daqui a 15 anos quero uma aposentadoria, aí posso escolher outra configuração, com uma árvore de madeira mais valorizada, como a teca, por exemplo", afirma.

Miqueias ainda lembra que os números deste levantamento são um recorte das áreas aos oito anos. Com o passar do tempo, a entrada do dinheiro da venda das madeiras e variações climáticas e de mercado, os índices de lucratividade finais poderão ser diferentes.

Projeto URTE

Os resultados deste levantamento fazem parte de um trabalho em parceria entre Embrapa Agrossilvipastoril, Imea, Senar-MT e Rede de Fomento ILPF no qual são avaliadas dez Unidades de Referência Tecnológica e Econômica (URTE) em Mato Grosso.

O grupo de trabalho fica lotado na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT), e coleta dados diretamente nas propriedades monitoradas. O objetivo é utilizar informações reais para testar um modelo de avaliação econômica que seja mais apropriado para sistemas ILPF. Outros indicadores levantados também contribuem para auxiliar os produtores na gestão e tomada de decisões.

A expectativa é que até o meio de 2017 o trabalho resulte na disponibilização de uma ferramenta para que os produtores possam fazer avaliações e simulações de seus projetos de ILPF. De acordo com o pesquisador da Embrapa Júlio César dos Reis, em um primeiro momento é provável que somente a integração lavoura-pecuária seja contemplada, uma vez que ainda são necessárias mais pesquisas sobre a utilização do componente arbóreo.
Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Portal DBO - Como garantir uma poupança de volumoso para a seca

7 de dezembro de 2016 - 18:55

Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte fala sobre medidas que o produtor pode adotar nas águas para ter disponibilidade de alimento na seca

Marina Salles
Com a entrada do período chuvoso, o pecuarista tem nas mãos uma chance que nem sempre lhe ocorre de bate-pronto, e que pode fazer a diferença durante a seca. A chance de poupar volumoso. Em entrevista à pesquisadora Valéria Pacheco, da Embrapa Gado de Corte, o Portal DBO levantou o passo a passo das medidas que precisam ser pensadas antes que as chuvas cessem:
1) Fazer adubação. “Para ter mais massa, a primeira coisa que vem à mente é fazer uma adubação ou manutenção das pastagens”, afirma Valéria, “o que nem sempre cabe no bolso do produtor”. De acordo com ela, quando cabe, antes ainda desse passo, é preciso fazer uma análise de solo; e se não tem jeito, falta dinheiro, melhor ir direto ao segundo ponto.
2) Ajustar a lotação. De suma importância para não ter superpastejo ou desperdiçar volumoso é ficar de olho na lotação. “Se coloca gado demais o produtor degrada o piquete, se coloca de menos os animais não consomem o que a planta está produzindo”, afirma a pesquisadora.
Sendo assim, a recomendação é se informar sobre a altura do pasto para manejo, que varia conforme a gramínea. Valéria dá alguns exemplos: “Para quem faz pastejo contínuo, o braquiarão não deve passar de 30 centímetros, então, se está com 40 o produtor precisa colocar mais animais na área e se está com 25, ele precisa tirar”, diz. Para a braquiária decumbens, ela afirma ser indicado trabalhar à altura de 25 cm; com o Piatã a 30 cm e o Tifton a 20 cm.
“No caso do pastejo rotacionado o que muda é que você tem uma altura para a entrada dos animais e outra para a saída”, diz. Com o Tanzânia, o gado deve entrar no piquete quando o capim está com 70 cm e sair quando está com 35 cm. Se for Mombaça, entrar com 90 cm e sair com 50 cm. E Xaraés, entrar com 30 cm e sair com 15 cm.
3) Reservar feno em pé. Tradicional, principalmente nas propriedades com manejo mais extensivo, a reserva de feno em pé precisa ser feita até o final do verão, sem ultrapassar a primeira semana de março. “Assim, o produtor tem o outono todo para acumular forragem e usar no período da seca”, afirma Valéria.
Ela lembra ainda que quanto reservar é algo que depende da quantidade de animais que serão alimentados. “Pensando em um hectare de pasto de braquiarão, que foi vedado no final de fevereiro, começo de março, dá para calcular um acúmulo de forragem suficiente para o suporte de 3 UA/ hectare. Estamos falando, então, de alimentar três animais de 450 kg ou seis bezerros desmamados com essa reserva”, diz. O que não dispensa o acréscimo de um sal proteico à dieta. “Como esses pastos vedados têm valor nutritivo mais baixo, dependendo do ganho de peso que o produtor quer alcançar, pode só entrar com o suplemento de sal proteico ou terá que recorrer a outras alternativas”, diz. As opções podem ser tanto concentrado como silagem de milho ou sorgo, por exemplo.
Por último, antes de vedar o pasto, a pesquisadora recomenda baixar um pouco a altura, até uma média de 15 centímetros. “Para não ficar muito material morto na base das touceiras e ter uma rebrota mais nova”, explica.
4) Produzir silagem de capim. Para aqueles com produção mais intensiva e que querem manter a dieta a pasto, Valéria indica a silagem de capim. O procedimento é recomendado, segundo ela, para quem trabalha com variedades mais produtivas.
“Em vez de reservar feno em pé, o produtor que tem maquinário e know how, pode separar alguns piquetes e, durante o verão, fazer silagem de capim. Uma vantagem dele, comparativamente ao feno em pé, é que a produção de matéria seca chega a ser duas vezes maior. Isso porque o animal sempre desperdiça um pouco na sua colheita”, afirma a pesquisadora. 
5) Feno em pé e silagem de capim. Mais uma opção é aliar as duas estratégias. Segundo Valéria, usando a proporção 1/3 de feno de capim, 2/3 de silagem. “Nesse caso, o produtor vedaria na primeira semana de fevereiro 1/3 da área que quer destinar para produzir volumoso”, diz, o que lhe garantiria maior acúmulo de forragem em melhores condições de temperatura e umidade. “E reservaria os outros 2/3 só mais para frente, a fim de garantir um alimento de melhor qualidade”, completa. Na hora do uso, o consumo deve seguir a mesma ordem, primeiro o 1/3, depois os 2/3. 

Fonte: Portal DBO

Portal DBO - Cama de aviário melhora produtividade do pasto

12 de dezembro de 2016 - 18:55


Estudo inédito mostra quantidade ideal para aplicação com vantagens para a ciclagem de nutrientes e aumento da taxa de lotação

Marina Salles
Tudo que é em excesso faz mal, diz o ditado. E não é diferente com a adubação de lavouras ou pastagens feita com cama de aviário. Rico em nutrientes provenientes da urina e das fezes de diferentes espécies avícolas, o adubo natural ganhou fama por aumentar a produtividade, seja da soja, do milho ou do capim, e melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
Mas até que ponto isso é verdade? De acordo com o professor da Universidade Federal  de Mato Grosso (UFMT), Edicarlos Damacena de Souza, faltavam elementos para responder. Agora, um trabalho feito pelo Grupo de Pesquisa e Inovação em Sistemas Puros e Integrados de Produção Agropecuária da UFMT e financiado pela Agrisus começa a dar as primeiras respostas – pelo menos sobre solos com característica argilosa.
Segundo Damacena, os experimentos foram conduzidos em uma propriedade de gado leiteiro, com solos com teor de argila na casa dos 50%. “Os trabalhos começaram em 2008 e o que estamos computando agora vai até 2014”, explica. Localizada em Portelândia, GO, a propriedade alvo do estudo não recebia adubação nem calagem há pelo menos uma década. Os reflexos do uso de cama de aviário foram sentidos com o passar do tempo.
“Na Fazenda Alvorada, a rotação entre os piquetes de 0,5 hectare já acontecia diariamente e, antes de adotar a aplicação da cama, a lotação no pasto era de até 12 animais/ha. Hoje, chega a 20”, diz Damacena. A explicação é uma só: “A cama tem um alto pH, então uma área que nunca recebeu calcário, nunca recebeu adubação, quando recebeu a cama, teve uma elevação do pH, assim como de outros nutrientes”, argumenta o pesquisador.
O volume de fósforo, por exemplo, também aumentou, saltando de 2,1 mg/dm³ para mais de 15 mg/dm³ em seis anos. “Esse nível é ideal para qualquer cultura, ainda mais para um pasto, que tem menor exigência”, afirma o professor. 
Tratamentos - Os resultados descritos foram obtidos ao final de seis anos com a aplicação da maior dose analisada de adubo natural, um acumulado de 57,6 ton/ ha. Mas, além da dose mais alta, foram avaliadas outras: de 43 ton/ ha; 26 ton/ha e zero/ton/ha (o experimento controle). “Nosso objetivo era conseguir fazer uma recomendação para o produtor em termos gerais, chegar a uma média específica para esse tipo de solo que contemplasse os melhores benefícios”, diz. Isto é, melhoria na qualidade do solo, aumento na produção de pasto e maior retenção de matéria orgânica.
Resultados práticos - Como era de se esperar, a observação mostrou que a partir de determinada dose de aplicação o solo atinge seu limite. “Não faz diferença você aplicar 43 ou 57 ton/ha de cama de aviário, visando que o solo fixe mais carbono, porque ele tem um teto”. A partir de 26 ton/ha os resultados também foram insignificantes para projetar um incremento na absorção de nitrogênio. “Vimos que você vai ter por volta de 10 ton de N/ ha com a aplicação de 26 ton de cama/ha, e 10,1 ton de N/ha se você aplicar 57 ton de resíduo”, afirma o pesquisador.
Daí a importância de não fazer aplicações em excesso, já que podem não aumentar a produtividade da cultura e ainda trazer prejuízos para o solo e o meio-ambiente. “Se você faz, vamos supor, uma aplicação de nitrogênio em excesso, esse elemento está sendo perdido, está indo parar nos lençóis freáticos, cursos d’água, está contaminando a água subterrânea”, diz Damacena.
Mas, afinal, quanto aplicar? - O trabalho da mestranda Camila Rodrigues Menezes da Silva indica que 5 ton de cama de aviário por ano ou 8 ton a cada dois anos. “Porque o acúmulo da cama vai sendo mais gradativo e a liberação de nutrientes também”, explica o professor, “então a planta consegue aproveitar melhor essa quantidade de nutrientes”, diz.
O valor foi obtido frente a comparação dos diferentes tratamentos quanto ao nível de nutrientes e análise do comportamento de fungos e microrganismos no solo. “E foi como tivemos um maior equilíbrio do ecossistema”, completa Damacena. No caso da lotação, foi possível manter 20 animais nos piquetes de 0,5 hectare com rotação a cada dois dias e descanso posterior de 28. Além de conseguir fixação anual de carbono 1,2 vezes maior do que no experimento controle. Outros experimentos devem ser conduzidos, em breve, em solos arenosos. 
Fonte: Portal DBO

Portal DBO - Consórcio de cana com canola pode ser alternativa no inverno

Cana
19 de dezembro de 2016 - 16:40

Oleaginosa tem alto valor comercial e traz benefícios para o solo, como o aumento da longevidade do canavial

Marina Salles

Qual a possibilidade de plantar uma segunda cultura na entressafra da cana e ainda gerar benefícios para o solo e renda para o produtor? O professor doutor da Esalq-USP Felipe Gustavo Pilau está trabalhando para responder a essa pergunta e já conta com indicadores positivos.
Em experimentos conduzidos nos últimos dois anos, financiados pela Fapesp, ele avaliou o potencial do plantio da canola entre linhas de cana nos 90 dias que separam a colheita da rebrota da lavoura, abrindo uma alternativa para a safra de inverno. “Nessa época, como o desenvolvimento da cana é mais lento e chove menos, tivemos sucesso com o consórcio”, diz. A tecnologia está sendo testada no campus da USP em Piracicaba, SP, e a ideia de Pilau é que possa ser replicada em outras áreas do Estado. 
Na safra 2014/2015, sem irrigação, a cana registrou produtividade de 74 toneladas/ha na área experimental, fosse consorciada à canola ou em cultivo solteiro. “Então você vê que não houve prejuízo e que passada a colheita da oleaginosa a cana brotou, se desenvolveu e chegou ao fim da safra com o mesmo rendimento”, afirma o pesquisador.
No caso da canola, a produtividade não foi a mesma dos cultivos solteiros por conta de um fator inerente a este tipo de consórcio. “Como você tem a cana ali, a população de plantas de canola é um pouco reduzida em relação a uma área onde só se planta o grão, o que diminui a produtividade final por hectare”, explica Pilau. Assim, enquanto no cultivo solteiro se produz, em média, 1.560 kg de canola em grão/ha, no consorciado a média foi de 1.100 kg. O espaçamento adotado entre linhas de cana era de 1,4 metros – estando as linhas de canola a 40 centímetros umas das outras, e aquelas separadas pela cana distanciadas de 60 centímetros.
Vantagens do consórcio - Usada na produção de óleos vegetais, a canola tem alto valor agregado, custando, segundo o pesquisador, algo muito próximo da soja. “Então, fazendo uma conta rápida, podemos estimar que com essa produtividade de 1.100 kg/ha, a produção chegue a R$ 1.418/ha”. Para ter estatísticas precisas, Pilau ainda precisará computar gastos com insumos e implantação da lavoura, que serão levantados em uma etapa futura.
O potencial não para por aí. “Outro benefício que observamos foi o fato de você ter uma cobertura de solo, o que por si só evita a erosão e ainda diminui a ocorrência de plantas daninhas”, diz. Também no futuro será avaliada a eficácia da ciclagem de nutrientes, disponibilização deles na superfície e fixação de nitrogênio pela oleaginosa.
Mas o ponto mais interessante talvez seja em que medida o sistema radicular da planta ajuda a descompactar o solo e pode aumentar a longevidade do canavial. “Com a mecanização, esse é um problema que temos hoje, e esse tempo de vida útil do canavial, que é de cinco anos, seis anos, em função do declínio de produtividade está bastante ligado à compactação do solo. Você vai tendo uma rebrota cada vez menor de perfiles por metro e o canavial vai decrescendo em produtividade”, afirma o pesquisador. Ao colocar a canola no sistema, ele afirma ter sido possível observar os benefícios da raíz, o que será comprovado ao longo do tempo.
Além das vantagens, Pilau também precisará pôr à prova alguns desafios, como a mecanização da colheita da canola, que foi feita de forma manual nos experimentos, e a possibilidade de produzir o grão em escala. “Esse não foi o foco das pesquisas no início, mas estamos otimistas. A canola mostrou que vai bem na região de Piracicaba e agora será preciso fazer outros testes”, diz. A pesquisa também contempla o estudo do crambi, que embora não tenha valor comercial traz benefícios semelhantes para o solo, e deve incluir ainda resultados a respeito do cultivo irrigado da cana-de-açúcar.  

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Milkpoint - IBGE: captação de leite no Brasil cai pelo 8º trimestre consecutivo

postado em 15/12/2016


O IBGE divulgou nesta quinta-feira (15/12), os dados de captação brasileira de leite para o terceiro trimestre deste ano. O volume de leite captado no período foi de 5,8 bilhões de litros, 2,6% inferior quando comparado a este mesmo trimestre do ano de 2015. 

Gráfico 1 – Captação formal de leite pela indústria.
 


No acumulado de janeiro a setembro, a captação de leite apresentou queda de 4,9% em relação ao mesmo período de 2015, com um total de 16,9 bilhões de litros de leite captados, uma queda de cerca de 867 milhões de litros em relação ao ano passado. 

Os dados mostram que, devido às altas de preços que ocorreram na metade do ano, a captação de leite apresentou um cenário de menor retração do que nos 2 primeiros trimestres do ano. Enquanto a queda na captação deste terceiro trimestre em relação ao mesmo trimestre de 2015 foi de 2,6%, as quedas no primeiro e segundo trimestres do ano haviam sido de, respectivamente, 4,5% e 7,8%.

Com mais este trimestre de queda, a captação de leite do Brasil completou 8 trimestres consecutivos em retração, como pode ser conferido no gráfico 2 abaixo.

Gráfico 2 
– Captação brasileira de leite - variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: IBGE.
 
Captação brasileira de leite

Ao analisar o desempenho de captação das regiões brasileiras, em uma comparação a este mesmo trimestre do ano passado, apenas a região Sul apresentou leve alta, de 0,8%. As regiões Nordeste e Centro-oeste, por outro lado, apresentaram quedas mais significativas, de 10,7% e 6,6% respectivamente.

Gráfico 3
 – Variação da captação de leite por região (3º Tri 2016 x 3º Tri 2015). Fonte: IBGE.

Variação da captação de leite por região

Como observa-se no gráfico 3, a região Sul foi a única que apresentou altas no seu leite captado para o 3º semestre.

Em relação a este mesmo trimestre de 2015, as quedas foram de 4% em Minas Gerais, 0,8% em São Paulo, 0,2% no Paraná, 5,2% no Rio Grande do Sul e -4% em Goiás. Santa Catarina foi o único estado que apresentou alta, de 10,9% em relação ao 3º trimestre de 2015.

Gráfico 4
 – Variação da captação de leite nos principais estados (3º Tri 2016 x 3º Tri 2015). Fonte: IBGE.

variação na captação de leite - ibge
 

Portal DBO - Abate de matrizes é o menor dos últimos seis anos

16 de dezembro de 2016 - 12:07

Alisson Freitas

Em um momento de indefinições sobre o futuro da pecuária, a retenção de fêmeas levanta uma alerta em relação à virada do ciclo pecuário. O movimento, geralmente, é um dos indicadores de que as cotações do setor começam a cair ainda mais, em função de uma supersafra de bezerros nos anos seguintes.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos três primeiros trimestres deste ano a participação das fêmeas no total de abate bovinos foi de 39,35%, menor índice para o período desde os 36,17% de 2010, ano em que se iniciou a virada do ciclo pecuário de baixa que se manteve até meados de 2013.
O atual momento de retenção de matrizes é justificado pela alta cotação do bezerro nos últimos anos. De acordo com pesquisa da Scot Consultoria, o preço do bezerro desmamado subiu 85% do início de 2013 até o final de 2015, tornando a atividade de cria altamente valorizada.
No entanto, desde o início do ano a categoria tem apresentado seguidas quedas, acumulando o recuo de 13%, o que pode aumentar o número de fêmeas abatidas no último trimestre de 2016. “Vale ressaltar que esse incremento está ligado a um reajuste de preço em função da valorização da categoria nos últimos anos”, destaca Isabella Camargo, analista de mercado da Scot Consultoria.
Por outro lado, Lygia Pimentel, da Agrifatto, afirma, desde meados de julho, que essa desvalorização é o principal indício de que o ciclo já virou. “Esse recuo é a porta de entrada do ciclo de baixa, que deve derrubar as cotações nos próximos anos”, destacou a analista

Fonte: Portal DBO

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Portal DBO - Consórcio com guandu é alternativa para recuperar pastagens

5 de dezembro de 2016 - 18:15
Marina Salles


Imagine uma área de braquiária com alta degradação, em solo arenoso, infestada de grama batatais e outras ervas daninhas. Que eficiência ela teria como pastagem? Pois foi numa área assim que dois anos depois de plantar feijão guandu BRS Mandarim, a pesquisadora Patrícia Anchão, da Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos, SP, conseguiu  alcançar lotação média de 3,4 novilhas/ha e ter ganho de peso médio diário de 429 g/ animal.
De acordo com ela, enquanto isso, a área de controle registrou lotação de 1, 8 novilhas/ha e proporcionou ganho de peso médio diário de 293 g/dia no final do biênio.
O incremento no ganho de peso com os animais tratados no pasto consorciado foi de 46%. E os benefícios foram além. 
Consórcio x pastagem degradada - “Com a implantação da leguminosa, foi possível ainda dispensar o uso de fertilizantes nitrogenados, que são aqueles de maior custo para o produtor”, afirma a pesquisadora.
Ela explica que isso acontece porque o guandu é capaz de fixar nitrogênio no solo e funciona muito bem como adubo verde, especialmente após o segundo ano de sua introdução na pastagem.
“No primeiro ano o que a gente tem é o efeito da leguminosa por si só”, conta Patrícia, “que embora seja positivo, vai se potencializar no segundo ano, com a massa verde que fica depositada no pasto”, diz. A matéria orgânica enriquece o solo, enquanto o guandu rebrota.
No entanto, a dispensa no uso de fertilizantes se restringe aos nitrogenados. “Para ter sucesso no uso da tecnologia, é preciso fazer uma calagem e correção dos níveis de fósforo e potássio no solo”, afirma Patrícia. “A recomendação fica a cargo de um engenheiro agrônomo, sempre mediante análise de solo”.
Responsável pelo desenvolvimento da cultivar da Embrapa, o pesquisador Rodolfo Godoy lembra de outros benefícios: “Por ter um sistema radicular grande e profundo, ela também melhora as características físicas do solo, e permite que nutrientes que não estariam disponíveis para outras espécies passem a estar”, diz, o que se estende durante o período de sua permanência, que é de até três anos. 
Segundo Patrícia, também vale destacar que a leguminosa permite a eliminação do gasto com sal mineral proteinado. “Além de melhorar o desempenho de ganho de peso dos animais, ela supre a demanda por esse tipo de suplemento e permite ao produtor fazer uso do sal mineral comum”, afirma a pesquisadora.
No balanço geral, com a cultivar sendo plantada em consórcio com uma pastagem de braquiária Marandu e decumbens o resultado foi de ganho de peso, por novilha, de 475 kg/ha/ano no primeiro ano e de 661 kg/ha no ano seguinte. Isso variou de 306 kg/ha/ ano para 244/kg/ ha/ ano, no caso da pastagem degradada. “A diferença é maior no segundo ano por conta daquele efeito da massa sobre o solo”. 
Para Patrícia, mesmo tendo sido desenvolvida como técnica para recuperação de pastagens, a tecnologia pode ser aplicada para proporcionar redução de custos e aumento de produtividade em sistemas semi-intensivos.
Abaixo, conheça a época adequada para fazer a semeadura do guandu e o passo a passo da técnica de manejo:

Fonte: Portal DBO

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Agrolink - Recorde: estoques globais de grãos devem passar de 500 milhões de toneladas

30/11/16 - 15:49 
A safra mundial de milho deve passar de 1.042 bilhão de toneladas; a de trigo, 749 milhões e a de soja, 336 milhões
Os estoques de grãos em todo o mundo devem bater recorde, impulsionado pelas safras de milho, soja e trigo, durante o ciclo agrícola 2016/17. A soma de outros cereais – tais como cevada e sorgo – pode reforçar o bom momento do setor, previsto para fechar o período com 504 milhões de toneladas estocadas, pela primeira vez, passando a marca de 500 milhões. As perspectivas foram divulgadas pelo Conselho Internacional de Grãos (IGC, sigla em inglês), no último dia 24 de novembro.
Como o ciclo vigente da agricultura se encerra somente na metade do ano que vem, se não acontecer nenhum imprevisto, principalmente relacionado ao clima, o órgão prevê que a produção total de grãos em todo o planeta possa chegar a um volume recorde de 2.084 bilhões de toneladas, acima do anterior (2014/15), quando alcançou 2.048 bilhões.
Ainda segundo o Conselho, a safra mundial de milho deve passar de 1.042 bilhão de toneladas; a de trigo, 749 milhões e a de soja, 336 milhões. Essa é a sétima vez que o IGC eleva suas estimativas para as safras, estoques e consumo de grãos, em apenas oito meses.
OUTROS DADOS
O órgão internacional também incrementou sua previsão para o consumo mundial de grãos, no período de 2016/17, podendo chegar a 2.056 bilhões de toneladas, impulsionado por um processo industrial mais acelerado nos Estados Unidos. Já a perspectiva para o comércio global deve alcançar a soma de 338 milhões de toneladas, um número ainda abaixo em relação às 344 milhões de toneladas negociadas no ciclo agrícola anterior.
Conforme o IGC, um dos cenários mais favoráveis para o setor de grãos envolve a safra global de trigo, prevista em 749 milhões de toneladas. Segundo o Conselho, a vantagem é que a produção desse cereal crescerá bastante, fazendo um contraponto à estagnação da área de plantio, que deve permanecer praticamente a mesma, ao longo desse período, com apenas algumas reduções nos EUA e Cazaquistão. A compensação para o desempenho mundial deve vir a partir do aumento das áreas colhidas de trigo na Rússia e norte da África.
“O plantio de trigo de inverno no Hemisfério Norte está bem avançado em novembro… As condições das culturas foram consideradas favoráveis em relação ao inverno”, avalia o Conselho, por meio de relatório.
ESTIMATIVAS PARA O BRASIL
Vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Hélio Sirimarco diz que também é relevante ressaltar as últimas estimativas feitas pela USDA (United States Department of Agriculture) para as safras de soja e de milho, que estão na fase final da colheita nos EUA. Tanto o IGC quanto o USDA estimam recorde para ambos os grãos: soja, 118.69 milhões de toneladas  e milho, 386.76 milhões.
“A produção de grãos dos EUA, incluindo aí o trigo, tem um impacto direto nos números mundiais”, salienta.
De acordo com Sirimarco, “no Brasil, o plantio da safra de verão está adiantado em relação aos anos anteriores, principalmente porque, em 2016, as alterações climáticas não foram tão impactantes como as do ano passado”.
Dados da AGRural para o Brasil, também citados pelo vice-presidente da SNA, apontam que o plantio da soja já alcançou 83% da área estimada: “As previsões indicam que as condições climáticas para as safras de verão, apesar do La Niña, deverão ser favoráveis”.
Outras estimativas, desta vez da Companhia Nacional de Agricultura (Conab), apontam que a safra brasileira de grãos 2016/17, conforme seu último relatório (publicado em novembro), deve variar entre 210.9 milhões e 215.1 milhões de toneladas.
“Também será um recorde para nosso país”, observa Sirimarco, acrescentando que isso pode representar um aumento de até 15,6% em relação à safra de 2015/16, que foi de 186.1 milhões de toneladas.
“A safra de soja poderá atingir 103.5 milhões de toneladas, um aumento de 8,5%. Com relação à safra de verão de milho (a safrinha), cujo planto já terminou, a estimativa da Conab é a de que teremos uma produção de 27.1 milhões a 28.6 milhões de toneladas (alta de 4,75% a 10,4% em relação à safra anterior).”

Portal DBO - Setor sucroenergético está sufocado

30 de novembro de 2016 - 18:22

Mesmo com preços "fantásticos" para açúcar e etanol, nível de endividamento impede investimentos

Nem mesmo os melhores preços de açúcar e álcool em mais de uma década e um resultado operacional positivo nas usinas e destilarias em 2016/2017 devem ser suficientes para que as companhias voltem a investir no setor sucroenergético. Levantamento da consultoria Sucrotec aponta que o faturamento líquido esperado na atual safra deve ficar em R$ 140 por tonelada de cana processada e, com um resultado operacional de 14%, pode trazer uma margem de R$ 20 por tonelada para as companhias.
"No entanto, o endividamento médio das usinas também está em R$ 140 por tonelada, e o custo do estoque da dívida, coincidentemente, em 14% na média da taxa básica de juros", disse Francisco Oscar Louro Fernandes, sócio da Sucrotec. "O resultado, mesmo com preços fantásticos (de açúcar e etanol), só paga o serviço da dívida e mostra que há um estrangulamento financeiro no setor", completou o consultor.
Uma amostra da consultoria feita em sete unidades produtoras aponta que o preço recebido pelas usinas deve ficar em R$ 60,76 por saca de açúcar em 2016/2017, na média entre os preços do açúcar e do álcool convertidos só para o adoçante. É o melhor preço em 11 safras, uma alta média de 42% nas duas últimas safras, com aumento de 29% para o etanol e 57% para o açúcar.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

Agrolink - 15 principais produtos do agronegócio respondem por 38% das exportações do país

08/12/16 - 10:31 
Os 15 principais produtos do agronegócio representaram 38% do total exportado pelo Brasil nos primeiros onze meses do ano. Os destaques em valor de vendas foram: soja em grãos (12%), açúcar em bruto (4%) e carne de frango (3%). Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a soja em grãos teve uma diminuição de 8% em suas exportações, a carne de frango de 5%, enquanto o açúcar em bruto demonstrou aumento de 40%. 
As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgadas na semana passada. De acordo com os números, nos onze primeiros meses de 2016, houve queda de 3% nas exportações do país, comparadas ao mesmo período do ano anterior, somando US$ 169 bilhões. Assim como as exportações, as importações registraram queda de 22%, alcançando  US$ 126 bilhões. Esses resultados possibilitaram superávit comercial de US$ 43,28 bilhões ao Brasil. 
Apesar das quedas registradas no acumulado do ano, se for destacado apenas o mês de novembro, houve evolução expressiva com relação ao mesmo mês de 2015. O valor das exportações aumentou 17% e o das importações retraiu 9%. Esse cenário, de forte crescimento das exportações e queda nas importações, contribuiu para aumentar o saldo comercial, que foi de US$ 4,7 bilhões.
Destino das exportações - As vendas externas do Brasil diminuíram para a maioria dos blocos econômicos. Houve queda para América Central e Caribe (-19%), Mercosul (-9%), África (-8%), Estados Unidos (-5%), Ásia (-2%) e União Europeia (-2%). E aumento de exportações para a Oceania (12%) e para o Oriente Médio (3%).
Como demonstra o gráfico abaixo, 33,9% das exportações brasileiras tiveram a Ásia como destino, 21,6% a Europa, 16,1% a América do Sul e 15,6% da América do Norte.
O milho está entre os produtos do agronegócio com maior variação nas vendas externas entre janeiro e novembro. No período, as exportações caíram 11%. Apesar da queda, o milho representou 2,1% das exportações totais brasileiras nos onze meses do ano. Em 2016, o Brasil foi afetado por condições climáticas que provocaram quebra significativa na safra do cereal. Isso fez com que a cotação alcançasse altos patamares no mercado interno, afetando as exportações.

Agrolink - Safra 2016/17 de grãos deve chegar a 213 milhões de toneladas

08/12/16 - 14:15 
3º levantamento da produção agrícola também aponta aumento de 1,4% na área plantada
A estimativa da produção de grãos para 2016/17 é de 213,1 milhões de toneladas, com crescimento de 14,2% ou 26,5 milhões de ton em relação à safra anterior, de 186,6 milhões. Os dados são do 3º Levantamento da safra 2016/2017, divulgado nesta quinta-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A área total plantada também será ampliada, podendo chegar a 59,2 milhões de hectares, o que representa aumento de 1,4% ou 827 mil ha, se comparada com a safra passada. O algodão e o arroz foram exceções nesse cenário, devido à substituição pelo cultivo de soja, caso de Mato Grosso. No entanto, as demais culturas de primeira safra tiveram incremento de área.
A produção do milho primeira safra deverá alcançar 27,7 milhões de toneladas, com crescimento de 7,3% em relação aos dados de 2015/16. Já o arroz registra produção de 11,5 milhões de toneladas, superior, portanto, à safra passada em 8,5%, enquanto que o feijão primeira safra pode chegar a 1,28 milhão de toneladas, 24,1% acima do ciclo anterior.
Para a soja, a projeção é de crescimento de 7,3% na produção, podendo atingir 102,45 milhões de toneladas. O algodão em pluma deve crescer 9,7% e chegar a 1,41 milhão de toneladas, apesar de uma redução de 5,5% na área cultivada.
Culturas de inverno 2016
A produção em destaque é a do trigo, que deve crescer 21% acima dos números de 2015 e atingir 6,7 milhões de toneladas. A cevada deve ter leve redução de área, mas a produção será de 374,8 mil toneladas, com a recuperação da produtividade. Já a canola e o triticale também apresentam aumento de área e de produtividade, com a primeira produzindo 71,9 mil toneladas e o segundo, 68,1 mil toneladas.