quarta-feira, 15 de maio de 2019

Uso associado de anti-inflamatório no tratamento de mastite clínica melhora o retorno econômico

Por Brunna Granja e Marcos Veiga Santos em 14 de maio de 2019 no site MilkPoint

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Labgard


mastite clínica (MC) bovina resulta em custos diretos e indiretos, com elevados prejuízos para as fazendas leiteiras. A MC compromete o bem-estar das vacas, o desempenho reprodutivo, incluindo o aumento do intervalo entre o parto e a concepção, menores taxas de concepção, assim como maior risco de perda embrionária.
Resultados de um estudo em 6 países europeus indicaram que a associação de meloxicam, um anti-inflamatório não esteroidal ao tratamento antimicrobiano de MC leves a moderadas aumentaram a taxa de cura da mastite e fertilidade em vacas leiteiras nos primeiros 120 dias de lactação. Nesse primeiro estudo, os resultados indicaram maior concepção na primeira inseminação artificial (IA) nas vacas tratadas com meloxicam e antimicrobiano para o tratamento da mastite clínica leve.
Considerando que a fertilidade é um fator importante para desempenho econômico dos rebanhos, um estudo realizado na Holanda avaliou o retorno econômico das melhorias na fertilidade em razão do uso associado de tratamento de MC com meloxicam sobre a lucratividade das fazendas. Foi utilizado um modelo de cálculo estocástico dos custos e benefícios do tratamento de vacas com mastite com a associação do meloxicam. Esse cálculo incluiu modelos de estimativas de resultados econômicos, como a produção de leite, intervalo entre partos, consumo de ração, entre outros, com o objetivo de avaliar a influência do tratamento com anti-inflamatório sobre os custos da eficiência reprodutiva. Sendo assim, foram avaliados dois cenários: com e sem a associação do meloxicam ao tratamento de MC leve a moderada nos primeiros 120 dias de lactação. Considerou-se que quando o meloxicam foi incluído a taxa de concepção foi de 31% x 21% (sem meloxicam) e que houve aumento da taxa de cura de MC.
Os resultados deste estudo mostraram que a produção média de leite por lactação nas vacas tratadas com meloxicam (8.441 kg/leite) foi menor do que das vacas não tratadas (8.517 kg/leite). Por outro lado, o desempenho reprodutivo das vacas melhorou no grupo tratado com meloxicam (média de 2,9 IA) quando comparado ao grupo sem tratamento (média de 3,7 IA). Para intervalos entre parto (IEP) e concepção foi observado menores valores para vacas tratadas com meloxicam (132 dias) e maiores para vacas sem tratamento (143 dias), assim como para IEP 405 dias para vacas tratadas com meloxicam e de e 416 para as não tratadas. Quando avaliado o risco de descarte, as vacas tratadas com meloxicam apresentaram menor risco de descarte (12%) do que as vacas não tratadas (25%).
Em relação aos resultados econômicos, houve benefício econômico líquido médio de € 42 / caso de MC por ano nas vacas tratadas com meloxicam em comparação com as não tratadas. Mesmo com a menor produção de leite das vacas não tratadas e com maior custo de tratamento com anti-inflamatório, os benefícios econômicos gerados pelo aumento do desempenho reprodutivo nas vacas tratadas com anti-inflamatório foram superiores em razão do menor consumo de alimentos, redução do número de inseminações e do descarte. Sendo assim, a associação de meloxicam no tratamento da mastite clínica nos 120 primeiros dias de lactação resulta em prováveis benefícios econômicos em diferentes cenários de sistemas de produção de leite.
Fonte:  Vansoest et al., Journal do Dairy Science, p.3387–3397, 2017 (https://doi.org/10.3168/jds.2017-12869)

Abate de suínos cresceu 5,2% no 1º trimestre

Em 14 de maio de 2019

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deheus.com.br


O abate de suínos no Brasil totalizou 11,27 milhões de cabeças no primeiro trimestre de 2019, segundo dados divulgados nesta terça-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O volume de animais abatidos, segundo o instituto, representa aumento de 0,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já na comparação com o mesmo período de 2018, houve um crescimento de 5,2%.
O peso acumulado das carcaças foi de 989,10 mil toneladas no 1º trimestre de 2019, representando altas de 0,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 3,6% em relação ao mesmo período de 2018.
Conforme os dados trimestrais sobre pecuária do IBGE, os abates de bovinos e suínos mantiveram crescimento, enquanto os abates de frango e a produção de ovos registraram queda.


Leia mais sobre esse assunto em https://www.suinoculturaindustrial.com.br/imprensa/abate-de-suinos-cresceu-52-no-1o-trimestre/20190514-120104-Q545
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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Governo sofre derrota e demarcação de terra indígena volta para Funai

Por site Ambiente Inteiro em 9 de maio de 2019



Secretaria de Regularização Fundiária comandada por Nabhan Garcia (direita) deveria coordenar a atribuição de terras no Brasil

Por 15 votos a 9, a Comissão Especial que analisa a Medida Provisória n° 870/1019 aprovou parecer que determina a volta das demarcações de terras indígenas para a Funai. O texto aprovado também devolve a Funai para o Ministério da Justiça. As alterações representam uma derrota para o Governo Bolsonaro. O texto enterra a estratégia do governo de centralizar a gestão do território nacional em uma única estrutura do governo federal.

Por influência do Pesquisador da Embrapa, Evaristo Mirando, o Governou Bolsonaro tentou centralizar todos os órgãos que atribuem uso ao território nacional na mesma estrutura de governo. A falta de coordenação entre esses órgãos é fonte grave e constante de conflitos no campo.

Existem espaços no território nacional que são atribuídos, ao mesmo tempo, pelo Incra, para a criação de assentamentos da Reforma Agrária, e pela Funai, para criação ou ampliação de terras indígenas.

Vários órgãos do Governo Federal têm o poder de atribuir espaços do território nacional. O Ministério do Meio Ambiente cria diversos tipos de Unidades de Conservação, o Serviço Florestal Brasil destina florestas públicas para exploração privada por meio de concessões, o Programa Terra Legal regulariza ocupações em terras públicas. Além do Incra e da Funai já mencionados, até a Receita Federal tem um cadastro de imóveis rurais privados.

Veja aqui o caso da Renca

Como esses órgãos não conversam entre si é frequente que um deles atribua terras a um determinado grupo social já atribuídas por outro órgão a outros grupos social. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, a Funai vem demarcando terras indígenas sobre áreas já entregues pelo poder público à agentes privados. No Pará, várias Unidades de Conservação foram criadas pelo Ministério do Meio Ambiente na região da BR-163 também sobre área entregues pelo Incra a agentes privados.

Veja aqui o caso do Jamanxim

Grande parte dos conflitos existentes do campo hoje decorrem desse tipo de ação descoordenada do poder público.

O governo Bolsonaro tentou resolver esse problema centralizando as áreas do governo que têm entre suas atribuições o poder de determinar usos e usuários sobre espaços do território nacional. A volta das demarcações de terras indígenas para a Funai representa o desmanche dessa ação.

Tramitação

A votação desta quinta-feira foi apenas a primeira etapa da MP que trata da reforma administrativa. As mudanças aprovadas hoje ainda precisam ser também aprovadas pelo plenário da Câmara e depois pelo do Senado. Para não expirar, o texto de conversão da medida provisória precisa ter a tramitação concluída nas duas Casas até o dia 3 de junho.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Simples análise do preço da arroba do boi gordo

Por JEPAlayon em 10/05/2019





  Em junho de 2018 a arroba teve um preço médio nominal de de R$ 138,53, se considerarmos uma inflação de 4,3% teremos o preço de R$ 144,49 que comparado com o preço de maio de 2019 até o dia 9 que esta em R$ 152,95 temos um crescimento no preço de venda de 5,86% acima da inflação do período. 



  Em julho de 2017 o preço nominal da arroba estava na média mensal em R$ 128,66 corrigindo por uma inflação acumulado(minha estimativa) de 8,47% o preço corrigido seria de R$ 139,56. Comparando-se com o preço médio de maio, até o dia 9, teremos um crescimento de 9,59% em dois anos acima da inflação.

  Podemos concluir que com relação ao crescimento a arroba foi um ótimo investimento desde que façamos está simples comparação sem levar em conta os custos para produção da mesma.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Fazendas 4.0, Lagoa Dourada: "optamos pelo robô já que com ele, as vacas têm uma vida mais livre"

Por Raquel Maria Cury Rodrigues em 02/05/2019 no site Milkpoint

Fazenda Lagoa Dourada - produção de leite

Opinião do blog: Não posso discordar de que o uso da informática será cada vez mais intenso no agronegócio. Claro que haverá uma variação muito grande de uso entre as regiões do Brasil. é abordado o problema da retenção da mão-de-obra e o desejo das pessoas em morar na cidade, desejo este muito variável, também, entre as regiões.



Aplicativos, softwares, robôs, drones, inteligência artificial no campo... quem achava que esses termos estavam muito distantes da realidade do produtor de leite brasileiro, se enganou. Ferramentas que contribuem com a leiteria surgem a todo momento, o que gera perspectivas para melhor produtividade animal e consequente expansão da produção de leite. Sendo assim, o MilkPoint está lançando hoje o Especial Fazendas 4.0, estreando com a Fazenda Lagoa Dourada, em Arapoti/PR.
Como Nico Biersteker e sua esposa Ellen iniciaram no leite?

Foram dois anos de extenso planejamento, estudos e construção para que tudo estivesse pronto para a recepção dos animais. A Lagoa Dourada, que possui 100 hectares para a produção de alimentos e 23 hectares de pastos e instalações, iniciou a produção de leite em abril de 2016. Chegavam duas cargas de animais da raça Jersey por dia diretamente da chácara do pai do Nico até completar o primeiro módulo de 130 animais. Alguns meses depois foram adquiridos mais dois plantéis de qualidade da região. Estes foram alocados no segundo módulo e hoje trabalha-se para que o terceiro módulo fique completo com gado produzido na própria fazenda. Nico é agrimensor e Ellen é administradora de empresas. Ambos não tinham experiência no setor leiteiro, mas Nico tinha alguma convivência pelo fato do pai possuir uma leiteria.
Compost barn desde o começo de tudo
compost barn foi inaugurado já com a chegada das vacas em 2016. “Pensamos que seria mais inteligente fazer um composto e - se este não desse certo - continuaríamos a construção e transformaríamos a instalação em um free stall. Ao nosso ver, seria mais fácil assim que do ocorrer a situação contraria: a de não nos adaptarmos ao free stall e ter de ‘quebrar’ a construção para ir para o compost barn. O projeto foi todo desenhado de uma maneira que a migração para o free stall seja possível sem que ‘gambiarras’ sejam feitas. Mas essa não é a ideia. Por enquanto estamos felizes com o composto”, disso Nico, em entrevista exclusiva ao MilkPoint.
Segundo ele, a opção pelo compost foi porque em primeiro lugar o sistema proporciona maior conforto aos animais, que além de deitarem mais confortavelmente, também podem expressar melhores comportamentos naturais como cio e socialização em grupo. Em segundo lugar porque reduz muito a necessidade de tratamento de dejetos já que uma grande parte permanece no barracão. Além disso o manejo dessa cama é feito de forma mecanizada ao invés da limpeza de cada cama de forma manual.
“É verdade que o risco de um composto não dar certo é maior do que a do free stall dar errado em caso do administrador ser desleixado. Porém, se for bem trabalhado, as vantagens que enxergamos superam esse risco. O que é preciso ter em mente é que é necessário revirar essa cama duas vezes ao dia 365 dias por ano independente de ser final de semana ou feriado ou qualquer outra ‘desculpa’. Também não é indicado fazer esse tipo de instalação em locais com umidade relativa do ar extremamente alta. Além disso, alternar o uso da enxada rotativa com o escarificador é uma boa estratégia de manejo”, acrescentou.
Para o produtor, a maior vantagem é o incremento do volume de leite produzido pelas vacas, mas, há outros benefícios secundários, como a melhora nos índices de reprodução e o escore de locomoção. 
Atualmente a fazenda produz 9 mil kg/leite/dia com uma média por cabeça de 26,5 kg/dia.
O uso de robôs na Lagoa Dourada
Além de trabalhar com compost, a Lagoa Dourada utiliza a ordenha robotizada para ordenhar as vacasem lactação. Para Biersteker, a opção pelo robô dá a oportunidade para a vaca ter uma vida mais livre já que é ela quem decide quando será ordenhada, quando vai se alimentar e quando vai descansar.
“Acreditamos que uma vaca feliz e sem estresse produz mais leite o que nos dá satisfação por dois lados: ver a vaca bem e ver o tanque de leite mais cheio. Além disso, o robô nos dá acesso a uma enorme quantidade de dados o que facilita a detecção de doenças, cio e os possíveis gargalos e potenciais. Também, o foco do trabalho se concentra em horário comercial, dando aos colaboradores vantagem e conforto em detrimento ao trabalho em fazendas sem esta tecnologia”, explicou.   
Valquiria Martins Carvalho, médica veterinária e Farm Management Support da Lely Latin America, acrescentou que na Lagoa Dourada se nota claramente como as ferramentas disponibilizadas pelos 6 robôs podem trazer muitos outros benefícios em diversas áreas importantes da produção leiteira.
“Junto o casal define as metas do negócio bem como os indicadores de monitoramento de desempenho das diferentes áreas. As metas e resultados são compartilhadas com a equipe de funcionários que é composta por 6 pessoas, onde apenas 2 delas são responsáveis pelo manejo das vacas em lactação e outras tarefas relativas ao robô, enquanto os outros funcionários trabalham nos demais setores da fazenda, como a alimentação, cria e recria de bezerras, manutenção e mecanização. O ambiente de trabalho é benéfico para todos os envolvidos e quem mais se beneficia disso são as vacas. A calma e tranquilidade que encontramos na fazenda não é o que normalmente vemos em fazendas ao redor de 400 vacas em lactação”.
Sobre os robôs, Valquiria pontuou que Nico é sempre enfático em dizer que é uma ótima ferramenta, porém o produtor precisa utilizar suas funcionalidades a seu favor para que as vacas que requerem atenção ou algum manejo estejam na área de separação no dia e horários adequados, otimizando o tempo de trabalho do funcionário. Os dados gerados pelo sensor e atividade, em conjunto com os demais manejos adotados na fazenda, permitem o alcance de excelentes índices reprodutivos.
robôs e a ordenha leiteira
A sensibilidade dos sensores é grande, frequentemente a detecção das alterações é realizada antes mesmo do animal apresentar sinais clínicos evidentes, permitindo que o produtor o monitore e realize intervenções de modo rápido. A tecnologia utiliza a combinação destes parâmetros com algoritmos que geram ao produtor um número que varia de 0 a 100 e indica a probabilidade de o animal estar realmente doente.
“Na Fazenda Lagoa Dourada, essas informações são bem trabalhadas, duas vezes ao dia os funcionários consultam os relatórios de saúde para selecionar quais animais serão separados pelo robô para que eles possam realizar um exame físico detalhado e confirmar se o animal está doente e se será necessário realizar algum tratamento. Nico frequentemente nos relata que - no que diz respeito a mastite - os sensores auxiliam muito na identificação precoce em conjunto com a redução do uso de antibióticos, pois muitas vezes apenas o uso de anti-inflamatórios auxilia na remissão dos sinais clínicos, completou Valquiria.
Fazenda Lagoa Dourada - produção de leite
E o uso das tecnologias não se restringe apenas ao robô. A fazenda não abre mão de:
  • Carreta de trato horizontal, que faz uma mistura mais homogênea permitindo que a dieta prescrita pelo nutricionista fique mais perto daquela dieta fornecida no cocho;
  • Coçadores (escovas): melhora o bem-estar nos animais;
  • Alimentador automático para bezerras: simula uma vaca eletrônica, ou seja, imita-se um comportamento mais natural no qual a bezerra mama quando quer;
  • Agricultura eficiente:  uso de rotação de culturas para prevenção de certas doenças e facilidade no combate de ervas daninhas. Consequentemente, há um aumento de produção e diminuição no custo;
  • Genoma dos animais: o mapeamento genético identifica os melhores animais permitindo alavancar o melhoramento genético.  
bem-estar animal na Fazenda Lagoa Dourada
Quando questionado sobre a possível redução da mão de obra com o uso das tecnologias, Nico disse que o número de colaboradores não se alterou muito, mas sim, as horas de trabalho, horas extras e o nítido maior conforto aos colaboradores e animais. 
“O treinamento para as novas tecnologias é bem tranquilo já que hoje a maioria das pessoas é familiarizada com o celular, o que facilita no momento de ensinar a mexer nas funcionalidades do robô. Na verdade, é algo bastante intuitivo.  Também não posso deixar de citar que tivemos uma melhora na reprodução dos animais e cada cabeça do rebanho é analisada individualmente, pois optamos por uma pecuária de precisão”.
Onde a Lagoa Dourada quer chegar
A propriedade de Arapoti almeja alcançar 400 animais em lactação com uma produção média de 28 litros por animal dia. Um grande desafio apontado é a retenção de colaboradores.
“Acho muito desgastante ensinar, treinar e investir em um colaborador e este depois ir aplicar os conhecimentos em outra propriedade. Como a nossa área fica longe da cidade temos um desafio por este motivo já que hoje são poucos os que querem morar longe da vida urbana.  Outro desafio hoje é que ainda não pudemos fazer uma seleção de animais que seja bem adequada ao robô.  A partir do momento que houver sobra de animais, poderá ser feito uma seleção de forma a tornar o sistema mais eficiente. E por último, não posso deixar de citar a pouca experiência no negócio, já que ocorrem muitos ‘pepinos’ que nunca tínhamos resolvido antes e, portanto, não temos base anterior para apoiar as nossas decisões. Ou seja, estamos vivendo cada dia e aprendendo coisas novas sempre”, concluiu.   
A Fazenda Lagoa Dourada, realmente é um exemplo de que a tecnologia da ordenha em sistema robotizado proporciona muito mais do que somente não precisar ordenhar os animais, porém o potencial de aproveitamento de todas as ferramentas embutidas na tecnologia depende de decisão e ação do produtor e do modo como ele escolhe gerenciar sua atividade.
Fazenda Lagoa Dourada - produção de leite
Esta matéria contou com o oferecimento da Lely