segunda-feira, 31 de julho de 2017

Mercado futuro sinaliza melhora no confinamento

Por Portal DBO em 28/07/2017




O contrato para outubro fechou nesta sexta-feira, 28, a R$ 134,24 a arrobaA recente recuperação dos contratos futuros do boi gordo na B3 deve estimular a etapa final da temporada de confinamento, por causa da perspectiva de melhora da rentabilidade dos pecuaristas no fim do ano - embora o resultado do acumulado de 2017 ainda deva ser fraco.

O vencimento outubro do boi gordo na B3 já subiu cerca de 12% desde a mínima registrada em 21 de junho, de R$ 119,50 a arroba, na esteira da Operação Carne Fraca, da delação da JBS e da suspensão da importação pelos Estados Unidos, além da virada do ciclo pecuário.

"Até duas semanas atrás, o confinador empatava ou perdia dinheiro", afirma Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria. "Com o preço ao redor dos R$ 133, a atividade voltou a ser interessante". O contrato para outubro fechou nesta sexta-feira, 28, a R$ 134,24 a arroba.

Apesar disso, resta pouco tempo para a temporada de terminação de gado à base de ração, antes da recuperação das pastagens em outubro - o confinamento leva normalmente três meses. Desta forma, Torres acredita que pecuaristas que têm estrutura própria para a atividade intensiva devem optar por colocar animais no cocho a partir de agora.

O presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), Alberto Pessina, alertou, no entanto, que não adianta apostar no aumento da disponibilidade de gado se não houver demanda por carne bovina no mercado interno. "No nível atual da B3, começa a ficar viável confinar em algumas praças, mas é preciso olhar o diferencial de base, que é a praça de São Paulo", explica. 

Para ele, poderá haver uma queda na oferta de animais entre agosto e setembro, já que o primeiro giro de confinamento (de maio a julho) foi fraco, com uma desistência entre 5% a 13%, pelo levantamento da Assocon. No ano passado, o levantamento da Assocon, baseado em 1.400 confinamentos, totalizou 3,2 milhões de bovinos confinados.

O resultado final do confinamento, de toda forma, deve frustrar as expectativas feitas pelo mercado no ano passado. As projeções eram de forte crescimento - para até 5 milhões de cabeças, ante cerca de 3,5 milhões em 2016, na projeção da Scot Consultoria - em virtude da forte queda do preço do milho (principal insumo na atividade) e da reposição. "Sendo otimista, acho que vamos chegar a 3,6 milhões de cabeças", estimou Torres.

Em relação à recente recuperação do mercado futuro, o analista Caio Toledo, da consultoria INTL FCStone, afirmou que o menor receio do setor com relação às operações da JBS, que tem conseguido vender ativos e renegociar dívidas, estimulou a participação na B3. "Isso traz uma calmaria para as perspectivas".

Outro motivo apontando por Toledo são justamente as fortes oscilações apresentadas pelo preço da arroba ao longo deste ano. "Pecuaristas estão mais atentos ao mercado financeiro para garantir seu preço mínimo. O volume de operações para hedge tem aumentado muito".
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

EUA pode perder 10 mi de t de milho e 3,5 mi de soja, estima AgResource

Por: Carla Mendes e Izadora Pimenta
Em 28/07/2017 no site  Notícias Agrícolas

Irregularidade é a principal marca da safra norte-americana 2017/18 e reflexos no mercado deverão continuar a acontecer. Tendência continua sendo de alta já que as perdas nas duas culturas podem ser ainda mais severas. Soja entra agora em agosto, que é seu mês mais crítico.
Confira a entrevista com Matheus Pereira - Analista de Mercado da AgResource Chicago, IL - EUA
O analista de mercado Matheus Pereira, da AgResource, em Chicago (EUA), aponta que haviam mapas do modelo americano influenciando o mercado apontando chuvas generalizadas para as áreas produtivas dos Estados Unidos, mas que essas chuvas não foram confirmadas. Alguns locais foram favorecidos, mas as áreas que mais sofrem com a seca, como Iowa e as Dakotas, não receberam volumes suficientes para romper o panorama.
De acordo com os modelos da AgResource, o milho acumula perdas de até 10 milhões de toneladas no momento, com potencial de chegar até 20 milhões. Para a soja, essa perda é de 3,5 milhões de toneladas. Esses números, entretanto, não são finais. O analista aposta em uma redução no próximo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado em 10 de agosto.
O mês de julho é mais preocupante para a cultura de milho, enquanto a soja tem seu mês mais crítico em agosto. Tendo registrado perdas já neste período, a oleaginosa ainda pode encontrar mais perdas se as condições continuarem se agravando.
A AgResource realizou um tour pelos estados de Illinois e Indiana e pode identificar que Illinois passa por um estágio de transição entre padrões climáticos. Entre o leste e o oeste do cinturão, tem lavouras em situações diferentes, em estágios entre médio e ruim. Já em Indiana, o cenário é "um pouco mais agradável", como avalia Pereira, com lavouras visivelmente mais saudáveis, apesar de alguns problemas pontuais com excessos de chuva no começo de plantio, próximos à fronteira com Ohio.
Mercado
Ele lembra que o mercado climático toma conta das cotações na Bolsa de Chicago (CBOT) e que qualquer atualização climática afeta diretamente do lado da oferta. Há uma possibilidade de que o USDA também reduza o índice de bom estado das lavouras em 2%, informação que poderia ser diluída caso algum mapa trouxesse chuvas a curto prazo.
Por outro lado, a China compra soja em grandes volumes, não somente nos Estados Unidos, como também do Brasil, em um momento no qual as projeções da oferta não se apresentam bem. Por isso, o analista acredita que o espaço altista no mercado é muito maior do que o espaço baixista, até que haja alguma reviravolta.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Mercado do boi com indícios de sustentação nos preços

Por Gustavo Aguiar
Em 28/07/2017 no site Scot Consultoria



Mercado do boi gordo firme. Foram treze as praças com alta para o boi gordo no fechamento da última quinta-feira (27/7).

Apesar das escalas não estarem, na média, apertadas, a redução na disponibilidade de boiadas para abate sustenta as cotações e possibilita a recuperação em algumas regiões.

O período típico de entressafra se torna cada vez mais visível. Junto a esse encurtamento de oferta, o nível de incerteza, ampliado no pós-delação, já começa a diminuir, com notícias positivas quanto às operações e venda de ativos da JBS.

A recuperação para o contrato de outubro/17 é mais um indicador disso.

No mercado atacadista de carne bovina com osso os preços ficaram estáveis.

Cotações - Boi Gordo

Preço da arroba do boi gordo em 17 estados e 32 praças

MERCADO FÍSICO - 27/07/2017 - Preços livres de Funrural

BOI GORDO

RS/@US$/@% US$ a prazo
à vista30 d30 d# base17 d30 dano
SP Barretos
124,0
127,5
40,3
- %
0,4
1,6
-16,3
SP Araçatuba
124,0
127,5
40,3
- %
0,4
1,6
-16,1
MG Triângulo
120,0
124,0
39,2
-2,75 %
0,0
3,9
-9,5
MG B.Horizonte
122,5
124,0
39,2
-2,75 %
-0,8
3,1
-10,1
MG Norte
122,0
126,0
39,8
-1,18 %
-0,4
8,2
-7,4
MG Sul
118,0
120,0
37,9
-5,88 %
-0,8
3,1
-15,9
GO Goiânia
114,5
118,0
37,3
-7,45 %
0,0
3,9
-13,8
GO Reg. Sul
113,5
117,0
37,0
-8,24 %
-0,8
4,8
-14,9
MS Dourados
114,5
117,0
37,0
-8,24 %
-1,6
-0,3
-14,6
MS C. Grande
113,5
116,5
36,8
-8,63 %
-1,2
0,9
-14,3
MS Três Lagoas
113,5
117,0
37,0
-8,24 %
-0,8
1,3
-13,4
RS Oeste (kg)
4,50
4,65
1,5
9,41 %
-0,8
0,5
-5,5
RS Pelotas (kg)
4,50
4,65
1,5
9,41 %
-0,8
1,5
-7,3
BA Sul
131,0
135,0
42,6
5,88 %
-0,1
3,3
-2,8
BA Oeste
137,0
139,5
44,1
9,41 %
-0,1
3,3
-3,6
MT Norte
112,0
117,0
37,0
-8,24 %
-0,8
1,3
-6,0
MT Sudoeste
113,5
117,0
37,0
-8,24 %
-1,6
1,3
-8,8
MT Cuiabá**
113,5
117,0
37,0
-8,24 %
-0,8
2,2
-11,5
MT Sudeste
112,5
117,0
37,0
-8,24 %
-1,6
1,3
-10,1
PR Noroeste
123,0
126,0
39,8
-1,18 %
-1,6
0,0
-14,1
SC Oeste***
144,5
146,5
46,3
14,90 %
-0,8
3,4
-0,7
MA Oeste
116,5
118,0
37,3
-7,45 %
-2,5
1,4
-4,4
Alagoas
148,0
150,0
47,4
17,65 %
-4,0
2,4
0,3
PA Marabá
114,5
120,0
37,9
-5,88 %
0,0
4,8
-2,0
PA Redenção
117,0
119,0
37,6
-6,67 %
-0,8
3,1
-4,4
PA Paragominas
116,5
120,5
38,1
-5,49 %
-1,2
2,7
-3,2
RO Sudeste
111,5
116,5
36,8
-8,63 %
0,1
2,6
-4,1
TO Sul
116,5
118,0
37,3
-7,45 %
-0,8
5,7
-7,3
TO Norte
113,5
117,0
37,0
-8,24 %
-1,6
3,0
-6,7
Acre
108,0
111,0
35,1
-12,94 %
-1,3
-0,6
-
ES
122,0
126,0
39,8
-1,18 %
-0,8
2,3
-8,0
RJ
119,0
122,0
38,5
-4,31 %
0,0
3,1
-12,8
 
** Região de Cuiabá, inclui Rondonópolis
*** Prazo de 20 dias
1 Diferencial de base em relação a São Paulo
 Estável      Subiu     Desceu