sábado, 9 de novembro de 2019

11 milhões de GTAs foram acessadas por instituições estrangeiras até fevereiro de 2019

Por Ambiente Inteiro em 27/10/2019



Informações obtidas pelo blog dão conta de que 11 milhões de Guias de Transito Animal (GTAs) foram acessadas por ONGs e outras instituições dos EUA até fevereiro de 2019. O mecanismo de obtenção dos dados desenvolvido pela Universidade de Wisconsin-Madison trabalhou até que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fechou a brecha da Plataforma de Gestão Agropecuária usada para acessar os dados logo depois da denuncia feita nesta página.

A Universidade de Wisconsin-Madison foi primeira a acessar os dados confidenciais das GTAs sem autorização dos pecuaristas brasileiro nem de autoridades brasileiras. Mas outras instituições tiveram acesso aos dados.

Essas instituições alegam que o acesso foi feito de forma legal. Mas este blog tem informações de que o acesso foi feito de forma irregular por meio da exploração de uma brecha na Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) que permitia acesso à Base de Dados Única (BDU) onde ficam armazenadas as Guias de Trânsito Animal emitidas pelas Agências de Defesa Sanitária dos estados.

O uso dos dados das GTAs fora do sistema de vigilância sanitária põe em risco toda a pecuária brasileira.

A integridade do Sistema de Vigilância Sanitária é um bem público. Toda a pecuária brasileira e, sobretudo, nossas exportações de proteína animal dependem de um sistema de vigilância eficaz. É por conta disso que todo produtor rural emite e paga pelas GTAs: para que o governo brasileiro disponha de um mecanismo de controle do risco de uma emergência sanitária.

Se as ONGs começaram a usar esses dados para excluir pecuaristas do mercado, o sistema perderá a confiança dos produtores rurais que certamente deixarão de alimentá-lo corretamente. A não alimentação correta do Sistema de Vigilância Sanitária destruirá sua capacidade de controle sanitário.

Sem um sistema de controle sanitário integro e eficaz, caso haja uma emergência sanitária como um surto de aftosa ou peste suína, toda a pecuária brasileira sofreria com o fechamento dos mercados internacionais. Sofreríamos também com a eventual incapacidade das autoridades sanitárias brasileiras em controlar a ocorrência de um surto. Vejam, por exemplo, o que está acontecendo na China com a peste suína africana.

Cabe lembrar que o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e os EUA, pais que abriga as ONGs que acessaram os dados, é o segundo maior exportador de carne bovina do mundo. Minar o Sistema do Vigilância Sanitária do Brasil pode beneficiar os americanos. Nos EUA inclusive é expressamente ilegal usar as informações de trânsito animal para fins não sanitários.

Este blog se erguerá até o fim contra a utilização das Guias de Trânsito Animal fora do sistema de vigilância sanitária, apesar das boas intenções das ONGs e dos seus ambientalistas associados. Já conseguimos uma grande vitória com o fechamento da brecha de acesso usada por elas para acessar as informações. Parabéns ao Mapa que agiu tempestivamente.

Mas as ONGs seguem tentando. Várias matérias em grandes jornais têm sido publicada sobre esse assuntos nos últimos meses outros meios. Eles provavelmente farão pressão política para acessar as GTAs. Já investiram milhões desenvolvendo sistemas que exploram esses dados e os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), também liberados de forma ilegal pelo Ministério do Meio Ambiente.

Continue acompanhando esta página. Toda a pecuária brasileira está sob ameaça. Publicaremos novas informações sobre esse assunto todos os dias até que as ONGs encontrem outras maneiras de controlar o fluxo de fornecedores dos frigoríficos. Temos inclusive sugestões para este controle que não ameaçam o sistema de vigilância. Mas uma coisa de cada vez...

Acompanhe a página, divulgue as informações nos grupos de Whatsapp de pecuaristas e produtores rurais. Vamos mostrar para essas ONGs com quantas varas de espicha um couro.

Clique aqui e veja tudo o que já publicamos sobre esse assunto.

Imagem: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A triste história de Zé, o boi amaldiçoado

Por Ambiente Inteiro em 25/10/2019.
 


Zé é um boi. Nasceu em verdes prados. Na fazenda onde Zé vive não há desmatamento desde 1915. Na fazenda onde Zé vive existe Reserva Legal e Área de Preservação Permanente de acordo com o Código Florestal. Mas nenhum frigorífico quer comprar o Zé. Zé, seus irmãos e irmãs, assim como seu dono, foram amaldiçoados.

Sem saber, o dono do Zé comprou um boi magro, o Pedrinho. Desde que chegou na fazenda, Pedrinho se tornou amigo de Zé. Pedrinho veio de uma fazenda onde também não havia desmatamento e onde havia Reserva Legal e Área de Preservação Permanente. Mas o dono do Pedrinho, em um dia de chuva, relâmpagos e trovoadas comprou o Arioswaldo.

Arioswaldo, assim como Zé e Pedrinho, também era um boi. Era porque Arioswaldo, assim que chegou na fazenda onde vivia Pedrinho, teve um infarto agudo do miocárdio e morreu. Nem chegou a conhecer Pedrinho.

Mas na fazenda onde vivia Arioswaldo houve um desmatamento. Ninguém sabia, mas Arioswaldo era amaldiçoado.

O desmatador, ex dono de Arioswaldo, emitiu uma Guia de Transito Animal (GTA) quando o levou até a fazenda onde vivia Pedrinho. Isso fez com que Pedrinho também fosse amaldiçoado. Quando Pedrinho foi morar na fazenda onde vivia Zé levou a maldição junto com a GTA que permitiu sua transferência.

Assim, Zé, que nasceu e vive em uma fazenda onde não há desmatamento, ficou fora do mercado de pecuária. Essa é a triste história de Zé e de seu dono. O que será de Zé? Para onde irá Zé?

Este blogger também lançará agora uma maldição: Quem ler esse post e rir vai para o inferno.

Se você não entendeu nada é porque não tem lido as postagens do blog ultimamente. O buzzilis é o seguinte:

Uma turma de ambientalistas aloprados quer usar as Guias de Transito Animal (GTAs) para abençoar ou amaldiçoar animais. Os frigoríficos só deverão comprar animais abençoados e deverão rejeitar os amaldiçoados.

Um produtor rural totalmente legal que tenha recebido uma GTA de uma propriedade onde houve um desmatamento não poderá vender para o frigorífico.

Um produtor rural totalmente legal que tenha recebido uma GTA de outra propriedade totalmente legal, mas que tenha recebido uma GTA de um imóvel onde houve um desmatamento não poderá vender para o frigorífico.

Ocorre que os produtores não têm como saber quem é amaldiçoado nem quem é abençoado. Vai ser na base da sorte. Só os frigoríficos terão acesso ao sistema que as ONGs desenvolveram para rastrear as GTAs.

Como as ONGs conseguiram os dados das GTAs?

Ah!, essa é uma outra história. Esse blogger tem informações de que os dados foram tungados da Base de Dados Única da Plataforma de Gestão Agropecuária do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.

A ONG alega que não tungou. Como vocês sabem, ONG é coisa do bem feita por gente ética. ONG não tunga. Os dados estavam lá de bobeira, tinha um brecha, não tinha captcha, eles tinham um robozinho de internet, foram lá e pá, viram as GTAs de todo mundo.

Este blogger gostaria de lembrar que quem ler esse texto e rir vai para o inferno.

Todas as GTAs que os pecuaristas emitiram até o início deste ano de 2019 foram acessadas por ONGs. Felizmente, por conta do trabalho deste blogg ridículo, a ação das ONGs foi interrompida.

Por enquanto, amigo pecuarista, você pode emitir e pagar pelas suas GTAs normalmente. O Ministério da Agricultura fechou a porta que as ONGs estavam usando para tungar os dados. Mas a pressão das ONGs está aí. Este blog está recebendo ameaças diretas de gente graúda por trabalhar na proteção de vocês.

Continuem acompanhado esta página. Aos poucos vocês entenderão a ameça que paira que sobre vocês.

Em tempo, se você leu este post e riu, peça perdão nos comentários. Você será prontamente absolvido por um robô de internet e poderá ascender aos céus.

Clique aqui e veja tudo o que já publicamos sobre esse assunto.

Imagem de Frank Nürnberger por Pixabay

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Produção de Lemna valdiviana com Fertilizante Orgânico Comercial para Aquicultura

Por Elvis Luan Santana Matos - link para o TCC completo


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biolib.cz


  A farinha de peixe é um produto tradicionalmente usado em rações de peixes, suínos e aves, devido ao elevado valor nutritivo e por apresentar alta digestibilidade para grande número de espécies. Porém, com o elevado custo na sua produção, há uma demanda cada vez maior por fontes alternativas de proteína economicamente viáveis e de simples processamento que possam substituir a farinha de peixe (FERNANDES et al., 2001).
  Segundo Pott (2000), em ambientes naturais, macrófitas aquáticas constituem um importante recurso alimentar para aves aquáticas, peixes e insetos. Estudar a eficiência dessas plantas na alimentação de animais, principalmente peixes, tem se mostrado uma alternativa promissora, devido ao baixo custo e qualidade alimentar. Aliado a isso, Iqbal (1999) afirma que a proteína de lemnas se assemelha a proteína animal encontrada em peixes, ovos e carnes.
  As lemnas, como são conhecidas popularmente no Brasil, pertencem ao gênero de plantas aquáticas da subfamília Lemnoideae (MOHEDANO, 2010). São plantas aquáticas flutuantes, cosmopolitas e geralmente encontradas na superfície de águas paradas e ricas em nutrientes (SKILLICORN et al., 1993; SOUZA; LORENZI, 2005). Esse grupo vegetal possui como principal vantagem o acúmulo de biomassa em taxas maiores a outras plantas superiores, incluindo culturas agrícolas, são capazes de retirar nutrientes da água com grande eficiência (SKILLICORN et al.,1993; IQBAL, 1999). É por isso que vem-se produzido lemnas com a finalidade de utiliza-las na produção de ração.
  Journey et. al (1993) afirmam que lemnas cultivadas em águas oligotróficas (pobres em nutrientes), a porcentagem de proteína produzida é relativamente baixa, cerca de 15 a 25%, enquanto que àquelas cultivadas em ambientes eutróficos (ricos em nutrientes) produzem mais proteína podendo conter entre 35 e 45%.Considerando que a qualidade nutricional das lemnas depende do manejo e da disponibilidade de nutrientes, o objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento de Lemna valdiviana submetida a diferentes concentrações de adubação com fertilizante orgânico comercial através de um sistema de produção que pode ser desenvolvido por pequenos produtores.

Para onde as ONGs querem levar a pecuária brasileira

Por Ambiente Inteiro em 22/10/2019

Opinião do Blog: Infelizmente o agronegócio brasileiro enfrenta todos os tipos de inimigos sendo alguns dos piores as ONGs, que em quase sua totalidade vivem de dinheiro público, querendo destruir-nos. Seus interesses não tem nada de lúdicos ou  ecológicos são simplesmente interesses ideológicos e/ou comerciais. É muito triste ver as criticas a todos que vivem ou viveram o agronegócio.



O ano era 2017. A mesa estava repleta de sanduíches triangulares feitos de pão integral com abacate dentro. Alguns ambientalistas festejavam o orçamento que acabavam de levantar: diversos milhões de dólares cedidos por uma organização bilionária americana para estrangular você, pecuarista brasileiro.

Terminada a festa, era hora de pegar uma sequência de vôos internacionais para apresentar a solução mágica de estrangulamento (também conhecida como boicote) aos “stakeholders”.

Em que consiste essa solução mágica? Ela tem cinco partes.

A primeira parte foi encomendar a obtenção dos dados das Gias de Trânsito Animal (GTAs) brasileiras. Essa tarefa foi incumbida a uma Universidade americana, como explicado aqui pela própria Universidade. Essa Universidade, por algum motivo, já conhecia as GTAs do Brasil, principalmente de Mato Grosso e do Pará. Isso ajudou.

Depois, eles descobriram que o nosso Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que armazena os dados das GTAs na Base de Dados Única da Plataforma de Gestão Agropecuária não permitia o acesso livre aos dados. Mas havia uma fragilidade no sistema. O Mapa tinha trancado a porta da sala, trancado a porta da cozinha, mas deixado aberta a portinha que o gato usa pra voltar pra casa. O MAPA deixava a porta do gato aberta por motivos óbvio: o gato precisa entrar em casa. A Universidade americana aspirou tudo o que tinha dentro de casa através da portinha do gato (claro, sem avisar o dono da casa).

Para os stakeholders, aspirar as coisas pela portinha do gato se traduz por “usar tecnologias de raspagem de dados para acessar informações públicas”. Na prática, a Universidade construiu um programa, um robot de internet, para sugar os dados das GTAs pera página de verificação da autenticidade das guias.

A segunda tarefa foi desenvolver um sistema que permite monitorar os fornecedores indiretos da pecuária brasileira para fins de desmatamento rastreando os animais por meio da GTA e do CAR. Ou, o que dá no mesmo, que permite estrangular você, pecuarista. Esse sistema se chama Visipec, e nós já falamos dele aqui. Atualmente, ele já está disponível online messe link.

Para obter acesso ao sistema Visipec, é preciso fazer o seguinte:

Os interessados em monitorar a pecuária brasileira podem entrar em contato com o norte americanos Simon Hall (halls@nwf.org) e Kemel Kalif (kalifk@nwf.org), ambos ligados à ONG norte americana Nationa Wildlife Federation (NWF), ou a também norte americana Lisa Rausch (lisa@visipec.com) para discutir os procedimentos de acesso para usar o API do Visipec. Todas essas informações e endereços eletrônicos estão disponível na internet.

Quando enviar uma solicitação, você precisa informar seu nome, a organização que você representa, seu endereço de email e as razões pelas quais pretende acessar os dados da pecuária brasileira. Em tese, qualquer pessoa, de qualquer nacionalidade pode ter acesso aos dados. Quem decide isso são as ONGs a partir de critérios que eles mesmos estabeleceram... ou não.

A terceira tarefa foi "vender" o Visipec e os dados da pecuária brasileira como solução ambiental. Os ambientalistas conseguiram emplacar artigos no jornal inglês The Guardian e no americano New York Times dizendo essencialmente que o Visipec é a solução para os problemas da humanidade.

A quarta tarefa está em andamento. Ela consiste em usar o embalo atual para pressionar Estado brasileiro a tornar os dados da GTA oficialmente públicos (e acabar de vez, por consequência, com o programa de erradicação da febre aftosa). Os ambientalistas querem acesso total às GTAs, que são declaradas e pegas pelo produtor rurai e de cuja integridade depende o sistema de vigilância sanitária brasileiro.

Os ambientalistas vão continuar batendo bastante no governo Bolsonaro, canalizando, assim, todo o sentimento preservacionista contra o governo. Daí há duas possibilidades. O primeiro é que o próprio governo, tendo se queimado em outras frentes, se veja obrigado a ganhar créditos na frente ambiental e aceite destruir o sistema brasileiro de proteção da sanidade animal tornando as GTAs públicas. O segundo caminho tem lugar com a eventual derrota deste governo nas próximas eleições, ou mesmo com a sua queda antecipada. Qualquer governo que suceder Bolsonaro se verá obrigado a restabelecer a ordem e seguir o caminho ditado pelas ONGs.

Na quinta etapa é o caos. O pecuarista não sabe mais de quem pode comprar (pois ele mesmo não tem um sistema de monitoramento à disposição), o frigorífico fecha as portas por falta de animais para abater, ninguém mais dá a mínima para as GTAs, e os mercados externos decidem não comprar mais do Brasil porque o nosso sistema de defesa sanitária está comprometido.

É com lembrar que os EUA são o segundo maior exportador de carne bovina do mundo. O maior exportador é o Brasil. Destruir a credibilidade do sistema de vigilância brasileiro pode render bilhões aos americanos.

Agora que conhecemos a estratégia do Visipec, seria legal sabermos quais tipos de informação esse sistema, criado por gringos com os dados das nossas GTAs, vai mostrar. Isso nós não sabemos pois não temos a senha para baixar o tal “API do Visipec”.

Mas podemos escrever a eles pedindo, certo?

Lembre-se, para pedir acesso ao Visipec é só seguir as instruções acima.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Preço dos fertilizantes para a soja são os mais altos em 9 anos, diz Cepea

Por Canal Rural em 03/09/2019.

fertilizante, adubo, fertilizantes
Foto: Gabriel Souza Martins/ Embrapa
O preço de um dos principais insumos agrícolas da soja (fertilizantes fosfatados e potássicos) registrou o patamar mais alto no primeiro semestre de 2019, ante mesmo período dos últimos 9 anos, aponta levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
“Esse cenário esteve atrelado a eventos registrados em 2018, como a greve dos transportadores rodoviários, o tabelamento dos fretes, a oscilação cambial devido entraves políticos e a valorização das matérias-primas no mercado externo”, diz a entidade.
O primeiro semestre é justamente o período em que os produtores compram os maiores volumes do insumo. Nesta temporada 2019/2020 a média de compras foi de 70%, ante os 62% dos últimos 9 anos. “Com estes preços nominais mais altos, os custos com adubos devem ser os mais elevados desde 2010 para o sojicultor brasileiro”, afirma o Cepea.
Nesta safra, que é o mais importante para a análise, as cotações dos fertilizantes subiram, em média, 38%, devido ao aumento cambial. No primeiro período, de 2010 a 2015, os fertilizantes se valorizaram 76%, mas recuaram em 2016 e 2017. Nesses anos, as cotações dos fertilizantes foram fortemente pressionadas pela desvalorização do dólar frente ao Real e pela grande disponibilidade das matérias-primas no mercado internacional.
Em 2018, o câmbio mais elevado tornou a encarecer os fertilizantes, principalmente no segundo semestre, quando os rumores da guerra comercial entre China e Estados Unidos e os entraves do cenário político eleitoral brasileiro desvalorizaram de forma expressiva a moeda brasileira em relação ao dólar. Acrescido a isso, o tabelamento dos fretes, como resolução da greve rodoviária, impactou ainda mais as cotações, de forma que, entre 2017 e 2018, o preço do adubo registrou elevação de 31%.
Em 2019, o dólar ficou ainda mais valorizado que no primeiro semestre de 2018 – passou de R$ 3,42 para $ R$ 3,84 nesse período e, como reflexo, as cotações dos fertilizantes potássicos e fosfatados registraram aumento médio de 21%. O KCl, por exemplo, passou de R$ 1.386 por tonelada para R$ 1.796 por tonelada. Já o MAP teve uma elevação de R$ 269 por tonelada entre um ano a outro, sendo comercializado a R$ 2.076 no primeiro semestre de 2019.

domingo, 1 de setembro de 2019

Lei & Marketing, o agro nacional precisa

Por José Luiz Tejon Megido, mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) em 30/08/2019 no site MilkPoint
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Acrimat
A frase milenar “A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”. A guerra de todas as guerras ocorre nas percepções das mentes humanas. Até o Papa entrou na crise da Amazônia pedindo orações e ajuda ao Brasil. Porém, a área da administração que trata disso chama-se marketing. Uma filosofia administrativa que coloca as percepções humanas no centro das decisões. A crise que vivemos agora no agronegócio, com a destruição da nossa reputação ambiental, tem um ângulo real: o crime, a ilegalidade não punida e combatida.
E por outro lado, uma ignorância do uso dos fundamentos da inteligência de marketing a serviço do agronegócio brasileiro.
1) O Brasil não sabe o que marketing significa, por isso não o utiliza, ou usa muito mal.
2) O Brasil não traduziu direito até hoje o conceito de agribusiness, criado em na Universidade de Harvard nos anos 50, por isso, não temos cadeias produtivas organizadas.
3) Associamos demandas de clientes e consumidores globais com ideologias político-partidárias erradas.
4) A concorrência do Brasil é forte e usa nossa ignorância de marketing contra o país.
5) Nossas realidades positivas não são transformadas em ativos valiosos percebidos. Com isso, perdemos valor e ficamos vulneráveis ao negativo, fakes e fatores incontroláveis.
6) Caímos na tentação ignorante da briga de rua, do ‘nós contra eles’, e perdemos aliados no mundo todo.
7) Precisamos de uma gestão de crise de reputação, de fundamentos de marketing e da aplicação da lei contra a ilegalidade no caso do desmatamento ilegal.
Temos no Brasil a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), além da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e outras associações. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem ótimas intenções: CNA, OCB, instituições acadêmicas de nível e profissionais éticos e excelentes que dominam o saber dos fundamentos de marketing.
Marketing & Agribusiness são dois estágios do conhecimento humano, vitais para atuar no mundo de hoje. O professor Ray Goldberg, de Harvard, já rebatiza o agronegócio com o nome Agrocidadania, Agriceutica, saúde e meio ambiente, responsabilidade social, a cidadania no centro de tudo.
Brasil: o único país do mundo com nome de árvore. Que marca genial para marketing.

sábado, 3 de agosto de 2019

Geadas do fim de semana podem atingir lavouras de trigo no Paraná

Pryscilla Paiva, editora de Tempo do Canal Rural em 02/08/2019.

Geadas do fim de semana podem atingir lavouras de trigo no Paraná

No fim de semana, a  chuva perde intensidade no Sul e as temperaturas entram em queda acentuada por causa da influência da massa de ar polar. Especialmente nas áreas onde o tempo é firme, há condição até para geada no começo do dia. No nordeste de Santa Catarina e nas demais áreas do Paraná ainda existe chance de pancadas de chuvas intercaladas com períodos de melhoria. Porém, na faixa norte do Paraná, a chuva é mais persistente e o sábado tem predomínio de nebulosidade.
No domingo, a massa de ar polar avança ainda mais pelo Sul, deixando as temperaturas ainda mais baixas a ponto de provocar condição para geada em grande parte do interior da região Sul. As serras gaúcha e catarinense devem registrar temperaturas negativas e geada com maior intensidade e área de
abrangência.
 
A cultura que pode ser mais prejudicada com as geadas é o trigo do Paraná por estar em fase mais avançada de desenvolvimento. Mais de 2% das lavouras estão em fase de maturação, 35% em fase de crescimento vegetativo, 28% em floração e 35% em frutificação. Apenas áreas do leste do Paraná e a divisa com São Paulo têm possibilidade de chuva isolada e de baixo acumulado.

A próxima semana ainda começa com muito frio, mas o risco de geada ficará cada vez mais concentrado nos pontos mais altos como as áreas de serra. Gradativamente, as temperaturas vão subindo ao longo da semana e a chuva deve retornar a partir da próxima quinta-feira para o extremo sul do Rio Grande do Sul.

terça-feira, 23 de julho de 2019

China abre mercado para lácteos brasileiros, diz Tereza Cristina

Por Estadão conteúdo em 23/07/19 no site Canal Rural

Leite em pó
Foto: Prefeitura Municipal de Aceguá-RS

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou nesta terça-feira, dia 23,  que a China abriu mercado para os produtos lácteos brasileiros. Os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos, informa a ministra. 
Ela destacou que a abertura do mercado vai impulsionar a cadeia produtiva do leite. “Acho que é uma notícia excepcional para o setor leiteiro que passa por um momento muito difícil, sem esperança”, informou por meio de nota. Atualmente, há 1,2 milhão de pequenos produtores de leite no Brasil. “Fiquei muito feliz e gostaria de passar essa boa notícia para os produtores brasileiros, que estão vivendo um momento difícil, acabaram de perder R$ 0,30 no litro de leite, e agora vão poder ter a perspectiva.É claro que não é para amanhã, mas é uma abertura excelente para o Brasil.”
Tereza Cristina destacou que “o Brasil sempre quis ter acesso ao mercado chinês, para poder tirar o produto do Brasil, melhorando inclusive o preço dos produtores brasileiros”. Conforme o ministério, a certificação estava acordada com a China desde 2007, mas não havia nenhuma planta brasileira habilitada a exportar.
Na viagem que fez ao país asiático em maio, o assunto foi uma das prioridades da ministra. “O Brasil é um grande produtor e a China é a o maior importador do mundo. O Brasil produz 600 milhões de toneladas de leite, mas a China importa 800 milhões de toneladas, 200 milhões de toneladas a mais do que produzimos”. Antes, em abril deste ano, o ministério havia encaminhado uma lista de 24 estabelecimentos ao país asiático. Entre os produtos que poderão ser exportados estão não fluídos, como leite em pó, queijos e leite condensado. “Queijos brasileiros poderão ser exportados e, com isso, regulamentar o mercado de leite brasileiro”, ressaltou Tereza Cristina. 
Com a habilitação dos estabelecimentos, a expectativa é o setor exportar US$ 4,5 milhões em queijos, estima a Viva Lácteos (associação que representa a indústria de lácteos). Em 2018, os chineses importaram 108 mil toneladas em queijos. A importação do produto tem crescido a uma taxa média anual de 13% nos últimos cinco anos. As exportações brasileiras de queijos cresceram 65,2% nos últimos três anos. Antes da abertura do mercado chinês, o setor já vinha investindo no ingresso dos produtos na China, por meio da participação em feiras. 

quinta-feira, 18 de julho de 2019

'Há uma febre de consumo de café na Ásia, e isso é ótimo', diz Nelson Carvalhaes, do Cecafé

Por: João Batista Olivi e Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas em 18/07/19


Em 1 ano a exportação para a China aumentou 23% e o consumo chinês pode aumentar fortemente (afinal são 700 milhões de pessoas na classe média). Fora isso, acontece uma "febre do consumo" de café entre os jovens do sudoeste asiático. "O cafeicultor brasileiro tem de se preparar", diz Nelson Carvalhaes - Presidente do Cecafé.
Nelson Carvalhaes - Presidente Cecafé

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Entrevista com Nelson Carvalhaes - Presidente Cecafé sobre as Exportações de café para a China
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Nos cinco primeiros meses de 2019 as exportações de café do Brasil para a China aumentaram 23,1% e as perspectivas são de ampliar ainda mais a participação brasileira neste mercado, uma vez que existem cerca de 700 mil chineses na classe média do país asiático e o consumo de café tem se tornando uma verdadeira moda na nação, especialmente dentre os jovens.
Diante deste cenário, o Notícias Agrícolas conversou com Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) que acredita que o Brasil pode se beneficiar deste novo mercado que surge em países asiáticos como China, Japão, Coréia do Sul, Indonésia e Índia.
Segundo Carvalhaes, hoje o Brasil é responsável por fornecer 38% de todo o café consumido no mundo e deve ampliar essa participação com a possibilidade de demanda mundial crescente e, mesmo que mantenha a mesma porcentagem de participação, o volume deve aumentar, uma vez que, segundo levantamento do Cecafé, a demanda mundial por café pode subir até 2% até 2030, chegando à 208,80 milhões de sacas.
Para a liderança, o cenário que se desenha no futuro do mercado de café é positivo e o produtor deve continuar cuidando de sua lavoura e colhendo com quantidade e qualidade. Carvalhaes ainda afirma que acredita que o pior momento para os preços do grão já passou e enxerga a tendência de termos os próximos meses sem situações difíceis.
Confira a íntegra da entrevista com o presidente do Cecafé no vídeo.

terça-feira, 9 de julho de 2019

ONG americana roubou dados sigilosos do Ministério da Agricultura



Exposição de dados roubados pode destruir o sistema de vigilância sanitária do Brasil


O tabloide sensacionalista inglês, The Guardian, publicou no início deste mês dois textos associando a pecuária brasileira ao desmatamento na Amazônia e pedindo que a União Europeia não ratifique o acordo comercial com o Mercosul. A matéria utilizou dados roubados do sistema de vigilância brasileiro controlado pelo Ministério da Agricultura.

Desde abril de 2006, não são registrados novos focos da febre aftosa no Brasil, graças ao trabalho do serviço veterinário brasileiro e à consciência dos produtores em manter a vacinação em dia e notificar qualquer suspeita da doença. A ocorrência do último foco da doença no Brasil disparou uma séria de medidas com o objetivo de erradicar a aftosa do território brasileiro.

A legislação do Programa de Erradicação da Aftosa foi revista por meio da Instrução Normativa n.º 44, de 3 de outubro de 2007. O Ministério da Agricultura realizou estudos sorológicos em aproximadamente 25 mil animais em todo o País com o objetivo de verificar a eficácia da vacinação. Alem disso, o governo estabeleceu um melhor controle da movimentação de animais, por meio da reformulação da Guia de Trânsito Animal (GTA).


UW é a Universidade de Wisconsin-Madison


O atual modelo do documento, com novos elementos de segurança, entrou em vigor em setembro de 2007 e é único para todo o Brasil. Todos as propriedades rurais do Brasil foram cadastradas e os animais só podem ser movimentados entre elas ou destinadas para abate depois que a movimentação é registrada pelos sistemas de vigilância sanitária dos estados. Essas informações são armazenada em servidores sob responsabilidade do Ministério da Agricultura.

A GTA foi desenviolada para que as autoridades sanitárias do país possam rastrear a origem dos animais abatidos em um frigorífico ou existentes em um determinado imóvel rural. Essa informação é fundamental para que um eventual foco de doença possa ter sua origem identificada e isolada rapidamente. Por meio das GTAs é possível conhecer toda a cadeia de fornecimento de um determinado frigorífico.

Essas informações são protegidas pela Lei de Acesso a informações (Lei nº 12.527) como forma de garantir a integridade e a eficácia do sistema brasileiro de vigilância sanitária. Os produtores rurais informam voluntariamente essas movimentações porque sabem que seus dados são protegidos.

Mas esses dados foram roubados por técnicos de uma universidade americana com auxílio de uma ONG ambientalista, a National Wildlife Federation (NWF). O projeto foi financiado pela Gordon and Betty Moore Foundation, organização americana que financia diversas ONGs no Brasil. Os dados das Guias de Transito Animal, obtidos de forma ilegal, foram repassadas a organização sueca Trase que repassou os dados ao The Guardian.

Enquanto você lê este post, agentes ligados à Universidades americana e à ONG NWF atuam em solo brasileiro fazendo pressão para que os grandes frigoríficos do Brasil usem esses dados para excluir pecuaristas da cadeia de fornecimento de carne. As duas entidades desenvolveram um sistema, chamado Visipec, que usa os dados das GTAs para boicotar pecuaristas brasileiros.


A intenção do sistema é expor os chamados "fornecedores indiretos" dos frigoríficos. Por meio dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), também obtidos de forma ilegal, o Visipec, mostra, por exemplo, propriedades rigorosamente em dia com a legislação ambiental brasileira, mas que tenha comprado animais originários de um assentamento da reforma agrária onde tenha ocorrido um desmatamento. Mesmo essas propriedades serão retiradas da cadeia de fornecimento do frigorífico.


Uso dos dados do sistema de vigilância (GTAs) e do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para expor imóveis em processo de adequação ao Código Florestal.


Propriedades de engorda de bovinos, por exemplo, que comprem bezerros em leilões seriam todas retiradas do mercado. Isso porque os animais vendidos em leilões tem origem em centenas do outras propriedades todas elas conhecidas por meio das GTAs. Se uma única GTA for emitida de uma propriedade com desmatamento, todos os compradores e vendedores do leilão serão manchados uma vez que não é possível saber qual o animal veio da GTA manchada.

Pressionados pelos mercados consumidores e por ONGs, os grandes frigoríficos do Brasil parecem apoiar o Visipec e a exposição dos dados das GTAs a despeito das consequências para os pecuaristas brasileiros.

Qual o interesse das ONGs?

A matéria do Guardian sugere que a União Europeia não deveria assinar um acordo comercial com o Mercosul porque a pecuária do Brasil desmata a Amazônia. O desmatado da Amazônia pela pecuária é provado por meio dos dados roubados pelas ONGs do Ministério da Agricultura. A motivação é puramente comercial escondida pelo manto de absolutismo moral do ambientalismo.

Porque os dados das GTAs devem ser sigilosos

Se os dados das GTAs forem expostos, os grandes frigoríficos começarão a expurgar das suas cadeias de fornecimento os vendedores diretos de animais e todos os fornecedores indiretos eventualmente manchados por uma GTA com origem em imóvel com problema.

Esses animais não desaparecerão. Eles não mais serão comprados pelos grandes frigoríficos que ficarão limpos perante seus consumidores. Mas para ondes eles irão?

Boa parte dos abates no Brasil, sobretudo o fornecimento para pequenos municípios é feito em pequenos frigoríficos e pequenos abatedouros. Muitos animais ainda são abatidos de forma clandestina.

Os animais expurgados da cadeia de fornecimento dos grandes frigoríficos acabarão circulando pelo território nacional sem a emissão de Guias de Transito Animal entre propriedades ou para esses pequenos frigoríficos e abatedouros clandestinos. Haverá no Brasil dois rebanhos bovinos, um limpo que atenderá os grandes frigoríficos e o interesse das ONGs, e outro sujo que atenderá o mercado interno e periférico.

A existência de um rebanho circulando no território nacional por fora do sistema de vigilância sanitária destrói a credibilidade do sistema. Caso ocorra um surto de doença será impossível rastrear sua origem e isolar o foco. Nesse caso extremo, toda a pecuária nacional seria excluída do comércio internacional.

Roubo dos dados é caso de polícia

Como se pode ver na matéria do The Guardian, os dados roubados do Ministério da Agricultura estão sendo utilizados para pressionar a produção e a exportação de carnes do Brasil. Roubo de dados é caso de polícia. A utilização de dados sigilosos roubados do Brasil para desfavorecer o país em disputas comerciais é caso de polícia.

O Ministério da Agricultura deveria acionar a Polícia Federal para que investigue o acesso de ONGs internacionais aos seus servidores e aos servidores das Agências de vigilância sanitária dos estados. Também o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, que controla a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deveria investigar o caso.

Saiba tudo sobre o roubo de dados do Ministério da Agricultura no blog do Petterson Molina: clique aqui. Petterson trabalhou na equipe da universidade americana que roubou os dados do Mapa e foi demitido ao descobrir o esquema e se recusar a fazer parte dele.

Professor da Califórnia: comer carne ajuda à Humanidade

domingo, 7 de julho de 2019 no site Verde: a cor nova do comunismo



O prof. Frank M. Mitloehner ficou espantado com os exageros contra o consumo de carne
O prof. Frank M. Mitloehner ficou espantado com os exageros contra o consumo de carne
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Frank M. Mitloehner é professor especializado em Qualidade do Ar, no Departamento de Ciência Animal na Universidade da Califórnia – Davis. 

Ele ficou espantado pela frequência com que a grande mídia pressiona para comer menos carne a pretexto de salvar o clima. 

Alguns ativistas chegam a propor um imposto à carne para reduzir o consumo, comentou “El País” de Madri. 

O sofisma é que essa produção gera mais gases estufa que todo o setor do transporte. 

Porém, diz o professor, isso é falso. 

Trata-se de propaganda veiculada por uma mídia que se diz séria e que leva a suposições inexatas sobre a relação do consumo de carne e a mudança climática.

O prof. Mitloehner levou adiante um projeto para estudar a relação entre esses dois fatores e concluiu que renunciar à carne não é a panaceia que se diz, inclusive se se quer influenciar a mudança climática. 

E levada ao extremo, pode trazer consequências nutricionais negativas.


É contra a ciência dizer que a pecuária é culpada da mudança climática.
É contra a ciência dizer que a pecuária é culpada da mudança climática.

Como exemplo de exagero, Mitloehner cita um relatório do Worldwatch Institute de Washington. 

Em 2009, essa ONG garantia que 51% da emissão de gases de efeito estufa a nível mundial se devia à criação de gado.

Mas, saindo da fantasia, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA procurou as principais fontes emissoras desses gases em 2016 e achou que foram a produção elétrica (28% do total), o transporte (28%) e a indústria (22%). A agropecuária só emitiu o 9%, e a pecuária escassos 3,9%.

Mas as distorções dos jornais e organismos governamentais ditos sérios prosseguem até hoje repetindo o realejo enganador.

Em 2006, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicou mais um estudo de falsas conclusões com o título A grande sombra do gado: problemas ambientais e opções. 

O relatório dizia que a pecuária produzia um espantoso 18% dos gases estufa em todo o planeta e que o gado danificava mais o clima que todos os transportes reunidos.


O prof. Mitloehner desmentiu os falsos e a mídia 'objetiva' lhe caiu acima.
O prof. Mitloehner desmentiu os falsos e a mídia 'objetiva' lhe caiu acima.

A afirmação foi declarada falsa e foi desmentida por Henning Steinfeld, o principal autor do relatório. Steinfeld denunciou um acúmulo de falhas metodológicas e conceituais que provocaram monstruosos erros e distorções.

Mas, o documento falso serviu para os ativistas eco-comunistas espalharem ataques contra o agronegócio.

O prof. Mitloehner quis desfazer esses erros numa conferência dirigida a cientistas em San Francisco, em 22 de março de 2010. E o mundo lhe caiu acima, especialmente a grande mídia.

Até a FAO reconheceu a magnitude dos erros, mas a propaganda já os tinha espalhado pelo mundo como sendo verdade revelada. 

Até hoje os cientistas, aquecimentistas ou não, lutam para tentar restaurar a verdade sobre os inocentes quadrúpedes.

Uma variante da mesma demagogia de fundo anti-humano recomenda deixar de comer carne pelo menos um dia por semana para contribuir à “luta contra a mudança climática”.

“Nada mais longe da realidade” afirma o professor. 

O prof. Mitloehner cita estudo recente que demonstra que se todos os estadunidenses eliminassem todas as proteínas animais de suas dietas, as emissões de gases estufa só diminuiriam num irrelevante 2,6%.


Tentativa da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) “Segunda sem Carne” para “salvar o planeta” foi promovida pela Prefeitura de São Paulo.  Porém, colidiu o bom senso. Acabou no fiasco e na risada.
Tentativa da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) “Segunda sem Carne”
para “salvar o planeta” foi promovida pela Prefeitura de São Paulo.
Porém, colidiu o bom senso. Acabou no fiasco e na risada.

E segundo o trabalho do professor na Universidade de Califórnia – Davis, se toda a população dos EUA adotasse o meatless monday (segunda sem carne), a redução desses gases seria de insignificante 0,5%.

Acresce que as novas tecnologias, sobre tudo em genética e gestão da agropecuária reduziram de modo significativo o problema.

Os países menos desenvolvidos pedem mais carne porque têm carência, por exemplo no Oriente Médio, norte da África e no sudeste asiático.

Nessas regiões o consumo anual de carne oscila em volta da quarta parte dos países consumidores, com desequilíbrio alimentar para populações imensas. 

Tampouco resiste à crítica a suposição de que só com plantas o mundo teria mais comida e calorias por pessoa.

Segundo a FAO, perto do 70% das terras agrícolas do mundo só podem ser usadas para pasto de ruminantes.

Calcula-se que por volta do ano 2050 a população mundial atingirá 9,8 bilhões de pessoas. Alimentar essa multidão será um desafio e não é apenas com plantas que se poderá fazê-lo.

Os nutrientes contidos na carne superam todas as opções vegetarianas.


Ciência nenhuma receita vegetariana têm tantos nutrientes e a humanidade precisa da carne.
Ciência: nenhuma receita vegetariana têm tantos nutrientes e a humanidade precisa da carne.

Além do mais criar gado é fonte de recursos econômicos indispensáveis para os pequenos agricultores nos países mais pobres.

Quer dizer para algo assim como um bilhão de pessoas. Isso não é pouco!

Suprimir o consumo de carne equivaleria a condena-los a uma miséria inimaginável.

Se se quer combater os fatores negativos que agem sobre o ar, a água e a terra, se deve aprimorar a agricultura animal. Essa é a conclusão da ciência, encerra o prof. da Universidade da Califórnia – Davis.

Mas, a confraria verde pouco se importa com a ciência. Ela age em função de motivações ideológicas contrárias ao progresso, à ciência e à civilização. 



Steve Goreham: vivemos num mundo de superstições ambientalistas (inglês)




Steve Goreham é conferencista, colunista escritor e pesquisador sobre questões ambientais. É diretor executivo da Climate Science Coalition of America. Eis uma apresentação no Friends of Science 'Climate Dogma Exposed', Calgary, Canadá, 09-05-2017.