sábado, 9 de novembro de 2019

11 milhões de GTAs foram acessadas por instituições estrangeiras até fevereiro de 2019

Por Ambiente Inteiro em 27/10/2019



Informações obtidas pelo blog dão conta de que 11 milhões de Guias de Transito Animal (GTAs) foram acessadas por ONGs e outras instituições dos EUA até fevereiro de 2019. O mecanismo de obtenção dos dados desenvolvido pela Universidade de Wisconsin-Madison trabalhou até que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fechou a brecha da Plataforma de Gestão Agropecuária usada para acessar os dados logo depois da denuncia feita nesta página.

A Universidade de Wisconsin-Madison foi primeira a acessar os dados confidenciais das GTAs sem autorização dos pecuaristas brasileiro nem de autoridades brasileiras. Mas outras instituições tiveram acesso aos dados.

Essas instituições alegam que o acesso foi feito de forma legal. Mas este blog tem informações de que o acesso foi feito de forma irregular por meio da exploração de uma brecha na Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) que permitia acesso à Base de Dados Única (BDU) onde ficam armazenadas as Guias de Trânsito Animal emitidas pelas Agências de Defesa Sanitária dos estados.

O uso dos dados das GTAs fora do sistema de vigilância sanitária põe em risco toda a pecuária brasileira.

A integridade do Sistema de Vigilância Sanitária é um bem público. Toda a pecuária brasileira e, sobretudo, nossas exportações de proteína animal dependem de um sistema de vigilância eficaz. É por conta disso que todo produtor rural emite e paga pelas GTAs: para que o governo brasileiro disponha de um mecanismo de controle do risco de uma emergência sanitária.

Se as ONGs começaram a usar esses dados para excluir pecuaristas do mercado, o sistema perderá a confiança dos produtores rurais que certamente deixarão de alimentá-lo corretamente. A não alimentação correta do Sistema de Vigilância Sanitária destruirá sua capacidade de controle sanitário.

Sem um sistema de controle sanitário integro e eficaz, caso haja uma emergência sanitária como um surto de aftosa ou peste suína, toda a pecuária brasileira sofreria com o fechamento dos mercados internacionais. Sofreríamos também com a eventual incapacidade das autoridades sanitárias brasileiras em controlar a ocorrência de um surto. Vejam, por exemplo, o que está acontecendo na China com a peste suína africana.

Cabe lembrar que o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e os EUA, pais que abriga as ONGs que acessaram os dados, é o segundo maior exportador de carne bovina do mundo. Minar o Sistema do Vigilância Sanitária do Brasil pode beneficiar os americanos. Nos EUA inclusive é expressamente ilegal usar as informações de trânsito animal para fins não sanitários.

Este blog se erguerá até o fim contra a utilização das Guias de Trânsito Animal fora do sistema de vigilância sanitária, apesar das boas intenções das ONGs e dos seus ambientalistas associados. Já conseguimos uma grande vitória com o fechamento da brecha de acesso usada por elas para acessar as informações. Parabéns ao Mapa que agiu tempestivamente.

Mas as ONGs seguem tentando. Várias matérias em grandes jornais têm sido publicada sobre esse assuntos nos últimos meses outros meios. Eles provavelmente farão pressão política para acessar as GTAs. Já investiram milhões desenvolvendo sistemas que exploram esses dados e os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), também liberados de forma ilegal pelo Ministério do Meio Ambiente.

Continue acompanhando esta página. Toda a pecuária brasileira está sob ameaça. Publicaremos novas informações sobre esse assunto todos os dias até que as ONGs encontrem outras maneiras de controlar o fluxo de fornecedores dos frigoríficos. Temos inclusive sugestões para este controle que não ameaçam o sistema de vigilância. Mas uma coisa de cada vez...

Acompanhe a página, divulgue as informações nos grupos de Whatsapp de pecuaristas e produtores rurais. Vamos mostrar para essas ONGs com quantas varas de espicha um couro.

Clique aqui e veja tudo o que já publicamos sobre esse assunto.

Imagem: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A triste história de Zé, o boi amaldiçoado

Por Ambiente Inteiro em 25/10/2019.
 


Zé é um boi. Nasceu em verdes prados. Na fazenda onde Zé vive não há desmatamento desde 1915. Na fazenda onde Zé vive existe Reserva Legal e Área de Preservação Permanente de acordo com o Código Florestal. Mas nenhum frigorífico quer comprar o Zé. Zé, seus irmãos e irmãs, assim como seu dono, foram amaldiçoados.

Sem saber, o dono do Zé comprou um boi magro, o Pedrinho. Desde que chegou na fazenda, Pedrinho se tornou amigo de Zé. Pedrinho veio de uma fazenda onde também não havia desmatamento e onde havia Reserva Legal e Área de Preservação Permanente. Mas o dono do Pedrinho, em um dia de chuva, relâmpagos e trovoadas comprou o Arioswaldo.

Arioswaldo, assim como Zé e Pedrinho, também era um boi. Era porque Arioswaldo, assim que chegou na fazenda onde vivia Pedrinho, teve um infarto agudo do miocárdio e morreu. Nem chegou a conhecer Pedrinho.

Mas na fazenda onde vivia Arioswaldo houve um desmatamento. Ninguém sabia, mas Arioswaldo era amaldiçoado.

O desmatador, ex dono de Arioswaldo, emitiu uma Guia de Transito Animal (GTA) quando o levou até a fazenda onde vivia Pedrinho. Isso fez com que Pedrinho também fosse amaldiçoado. Quando Pedrinho foi morar na fazenda onde vivia Zé levou a maldição junto com a GTA que permitiu sua transferência.

Assim, Zé, que nasceu e vive em uma fazenda onde não há desmatamento, ficou fora do mercado de pecuária. Essa é a triste história de Zé e de seu dono. O que será de Zé? Para onde irá Zé?

Este blogger também lançará agora uma maldição: Quem ler esse post e rir vai para o inferno.

Se você não entendeu nada é porque não tem lido as postagens do blog ultimamente. O buzzilis é o seguinte:

Uma turma de ambientalistas aloprados quer usar as Guias de Transito Animal (GTAs) para abençoar ou amaldiçoar animais. Os frigoríficos só deverão comprar animais abençoados e deverão rejeitar os amaldiçoados.

Um produtor rural totalmente legal que tenha recebido uma GTA de uma propriedade onde houve um desmatamento não poderá vender para o frigorífico.

Um produtor rural totalmente legal que tenha recebido uma GTA de outra propriedade totalmente legal, mas que tenha recebido uma GTA de um imóvel onde houve um desmatamento não poderá vender para o frigorífico.

Ocorre que os produtores não têm como saber quem é amaldiçoado nem quem é abençoado. Vai ser na base da sorte. Só os frigoríficos terão acesso ao sistema que as ONGs desenvolveram para rastrear as GTAs.

Como as ONGs conseguiram os dados das GTAs?

Ah!, essa é uma outra história. Esse blogger tem informações de que os dados foram tungados da Base de Dados Única da Plataforma de Gestão Agropecuária do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.

A ONG alega que não tungou. Como vocês sabem, ONG é coisa do bem feita por gente ética. ONG não tunga. Os dados estavam lá de bobeira, tinha um brecha, não tinha captcha, eles tinham um robozinho de internet, foram lá e pá, viram as GTAs de todo mundo.

Este blogger gostaria de lembrar que quem ler esse texto e rir vai para o inferno.

Todas as GTAs que os pecuaristas emitiram até o início deste ano de 2019 foram acessadas por ONGs. Felizmente, por conta do trabalho deste blogg ridículo, a ação das ONGs foi interrompida.

Por enquanto, amigo pecuarista, você pode emitir e pagar pelas suas GTAs normalmente. O Ministério da Agricultura fechou a porta que as ONGs estavam usando para tungar os dados. Mas a pressão das ONGs está aí. Este blog está recebendo ameaças diretas de gente graúda por trabalhar na proteção de vocês.

Continuem acompanhado esta página. Aos poucos vocês entenderão a ameça que paira que sobre vocês.

Em tempo, se você leu este post e riu, peça perdão nos comentários. Você será prontamente absolvido por um robô de internet e poderá ascender aos céus.

Clique aqui e veja tudo o que já publicamos sobre esse assunto.

Imagem de Frank Nürnberger por Pixabay