terça-feira, 23 de julho de 2019

China abre mercado para lácteos brasileiros, diz Tereza Cristina

Por Estadão conteúdo em 23/07/19 no site Canal Rural

Leite em pó
Foto: Prefeitura Municipal de Aceguá-RS

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou nesta terça-feira, dia 23,  que a China abriu mercado para os produtos lácteos brasileiros. Os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos, informa a ministra. 
Ela destacou que a abertura do mercado vai impulsionar a cadeia produtiva do leite. “Acho que é uma notícia excepcional para o setor leiteiro que passa por um momento muito difícil, sem esperança”, informou por meio de nota. Atualmente, há 1,2 milhão de pequenos produtores de leite no Brasil. “Fiquei muito feliz e gostaria de passar essa boa notícia para os produtores brasileiros, que estão vivendo um momento difícil, acabaram de perder R$ 0,30 no litro de leite, e agora vão poder ter a perspectiva.É claro que não é para amanhã, mas é uma abertura excelente para o Brasil.”
Tereza Cristina destacou que “o Brasil sempre quis ter acesso ao mercado chinês, para poder tirar o produto do Brasil, melhorando inclusive o preço dos produtores brasileiros”. Conforme o ministério, a certificação estava acordada com a China desde 2007, mas não havia nenhuma planta brasileira habilitada a exportar.
Na viagem que fez ao país asiático em maio, o assunto foi uma das prioridades da ministra. “O Brasil é um grande produtor e a China é a o maior importador do mundo. O Brasil produz 600 milhões de toneladas de leite, mas a China importa 800 milhões de toneladas, 200 milhões de toneladas a mais do que produzimos”. Antes, em abril deste ano, o ministério havia encaminhado uma lista de 24 estabelecimentos ao país asiático. Entre os produtos que poderão ser exportados estão não fluídos, como leite em pó, queijos e leite condensado. “Queijos brasileiros poderão ser exportados e, com isso, regulamentar o mercado de leite brasileiro”, ressaltou Tereza Cristina. 
Com a habilitação dos estabelecimentos, a expectativa é o setor exportar US$ 4,5 milhões em queijos, estima a Viva Lácteos (associação que representa a indústria de lácteos). Em 2018, os chineses importaram 108 mil toneladas em queijos. A importação do produto tem crescido a uma taxa média anual de 13% nos últimos cinco anos. As exportações brasileiras de queijos cresceram 65,2% nos últimos três anos. Antes da abertura do mercado chinês, o setor já vinha investindo no ingresso dos produtos na China, por meio da participação em feiras. 

quinta-feira, 18 de julho de 2019

'Há uma febre de consumo de café na Ásia, e isso é ótimo', diz Nelson Carvalhaes, do Cecafé

Por: João Batista Olivi e Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas em 18/07/19


Em 1 ano a exportação para a China aumentou 23% e o consumo chinês pode aumentar fortemente (afinal são 700 milhões de pessoas na classe média). Fora isso, acontece uma "febre do consumo" de café entre os jovens do sudoeste asiático. "O cafeicultor brasileiro tem de se preparar", diz Nelson Carvalhaes - Presidente do Cecafé.
Nelson Carvalhaes - Presidente Cecafé

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Entrevista com Nelson Carvalhaes - Presidente Cecafé sobre as Exportações de café para a China
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Nos cinco primeiros meses de 2019 as exportações de café do Brasil para a China aumentaram 23,1% e as perspectivas são de ampliar ainda mais a participação brasileira neste mercado, uma vez que existem cerca de 700 mil chineses na classe média do país asiático e o consumo de café tem se tornando uma verdadeira moda na nação, especialmente dentre os jovens.
Diante deste cenário, o Notícias Agrícolas conversou com Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) que acredita que o Brasil pode se beneficiar deste novo mercado que surge em países asiáticos como China, Japão, Coréia do Sul, Indonésia e Índia.
Segundo Carvalhaes, hoje o Brasil é responsável por fornecer 38% de todo o café consumido no mundo e deve ampliar essa participação com a possibilidade de demanda mundial crescente e, mesmo que mantenha a mesma porcentagem de participação, o volume deve aumentar, uma vez que, segundo levantamento do Cecafé, a demanda mundial por café pode subir até 2% até 2030, chegando à 208,80 milhões de sacas.
Para a liderança, o cenário que se desenha no futuro do mercado de café é positivo e o produtor deve continuar cuidando de sua lavoura e colhendo com quantidade e qualidade. Carvalhaes ainda afirma que acredita que o pior momento para os preços do grão já passou e enxerga a tendência de termos os próximos meses sem situações difíceis.
Confira a íntegra da entrevista com o presidente do Cecafé no vídeo.

terça-feira, 9 de julho de 2019

ONG americana roubou dados sigilosos do Ministério da Agricultura



Exposição de dados roubados pode destruir o sistema de vigilância sanitária do Brasil


O tabloide sensacionalista inglês, The Guardian, publicou no início deste mês dois textos associando a pecuária brasileira ao desmatamento na Amazônia e pedindo que a União Europeia não ratifique o acordo comercial com o Mercosul. A matéria utilizou dados roubados do sistema de vigilância brasileiro controlado pelo Ministério da Agricultura.

Desde abril de 2006, não são registrados novos focos da febre aftosa no Brasil, graças ao trabalho do serviço veterinário brasileiro e à consciência dos produtores em manter a vacinação em dia e notificar qualquer suspeita da doença. A ocorrência do último foco da doença no Brasil disparou uma séria de medidas com o objetivo de erradicar a aftosa do território brasileiro.

A legislação do Programa de Erradicação da Aftosa foi revista por meio da Instrução Normativa n.º 44, de 3 de outubro de 2007. O Ministério da Agricultura realizou estudos sorológicos em aproximadamente 25 mil animais em todo o País com o objetivo de verificar a eficácia da vacinação. Alem disso, o governo estabeleceu um melhor controle da movimentação de animais, por meio da reformulação da Guia de Trânsito Animal (GTA).


UW é a Universidade de Wisconsin-Madison


O atual modelo do documento, com novos elementos de segurança, entrou em vigor em setembro de 2007 e é único para todo o Brasil. Todos as propriedades rurais do Brasil foram cadastradas e os animais só podem ser movimentados entre elas ou destinadas para abate depois que a movimentação é registrada pelos sistemas de vigilância sanitária dos estados. Essas informações são armazenada em servidores sob responsabilidade do Ministério da Agricultura.

A GTA foi desenviolada para que as autoridades sanitárias do país possam rastrear a origem dos animais abatidos em um frigorífico ou existentes em um determinado imóvel rural. Essa informação é fundamental para que um eventual foco de doença possa ter sua origem identificada e isolada rapidamente. Por meio das GTAs é possível conhecer toda a cadeia de fornecimento de um determinado frigorífico.

Essas informações são protegidas pela Lei de Acesso a informações (Lei nº 12.527) como forma de garantir a integridade e a eficácia do sistema brasileiro de vigilância sanitária. Os produtores rurais informam voluntariamente essas movimentações porque sabem que seus dados são protegidos.

Mas esses dados foram roubados por técnicos de uma universidade americana com auxílio de uma ONG ambientalista, a National Wildlife Federation (NWF). O projeto foi financiado pela Gordon and Betty Moore Foundation, organização americana que financia diversas ONGs no Brasil. Os dados das Guias de Transito Animal, obtidos de forma ilegal, foram repassadas a organização sueca Trase que repassou os dados ao The Guardian.

Enquanto você lê este post, agentes ligados à Universidades americana e à ONG NWF atuam em solo brasileiro fazendo pressão para que os grandes frigoríficos do Brasil usem esses dados para excluir pecuaristas da cadeia de fornecimento de carne. As duas entidades desenvolveram um sistema, chamado Visipec, que usa os dados das GTAs para boicotar pecuaristas brasileiros.


A intenção do sistema é expor os chamados "fornecedores indiretos" dos frigoríficos. Por meio dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), também obtidos de forma ilegal, o Visipec, mostra, por exemplo, propriedades rigorosamente em dia com a legislação ambiental brasileira, mas que tenha comprado animais originários de um assentamento da reforma agrária onde tenha ocorrido um desmatamento. Mesmo essas propriedades serão retiradas da cadeia de fornecimento do frigorífico.


Uso dos dados do sistema de vigilância (GTAs) e do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para expor imóveis em processo de adequação ao Código Florestal.


Propriedades de engorda de bovinos, por exemplo, que comprem bezerros em leilões seriam todas retiradas do mercado. Isso porque os animais vendidos em leilões tem origem em centenas do outras propriedades todas elas conhecidas por meio das GTAs. Se uma única GTA for emitida de uma propriedade com desmatamento, todos os compradores e vendedores do leilão serão manchados uma vez que não é possível saber qual o animal veio da GTA manchada.

Pressionados pelos mercados consumidores e por ONGs, os grandes frigoríficos do Brasil parecem apoiar o Visipec e a exposição dos dados das GTAs a despeito das consequências para os pecuaristas brasileiros.

Qual o interesse das ONGs?

A matéria do Guardian sugere que a União Europeia não deveria assinar um acordo comercial com o Mercosul porque a pecuária do Brasil desmata a Amazônia. O desmatado da Amazônia pela pecuária é provado por meio dos dados roubados pelas ONGs do Ministério da Agricultura. A motivação é puramente comercial escondida pelo manto de absolutismo moral do ambientalismo.

Porque os dados das GTAs devem ser sigilosos

Se os dados das GTAs forem expostos, os grandes frigoríficos começarão a expurgar das suas cadeias de fornecimento os vendedores diretos de animais e todos os fornecedores indiretos eventualmente manchados por uma GTA com origem em imóvel com problema.

Esses animais não desaparecerão. Eles não mais serão comprados pelos grandes frigoríficos que ficarão limpos perante seus consumidores. Mas para ondes eles irão?

Boa parte dos abates no Brasil, sobretudo o fornecimento para pequenos municípios é feito em pequenos frigoríficos e pequenos abatedouros. Muitos animais ainda são abatidos de forma clandestina.

Os animais expurgados da cadeia de fornecimento dos grandes frigoríficos acabarão circulando pelo território nacional sem a emissão de Guias de Transito Animal entre propriedades ou para esses pequenos frigoríficos e abatedouros clandestinos. Haverá no Brasil dois rebanhos bovinos, um limpo que atenderá os grandes frigoríficos e o interesse das ONGs, e outro sujo que atenderá o mercado interno e periférico.

A existência de um rebanho circulando no território nacional por fora do sistema de vigilância sanitária destrói a credibilidade do sistema. Caso ocorra um surto de doença será impossível rastrear sua origem e isolar o foco. Nesse caso extremo, toda a pecuária nacional seria excluída do comércio internacional.

Roubo dos dados é caso de polícia

Como se pode ver na matéria do The Guardian, os dados roubados do Ministério da Agricultura estão sendo utilizados para pressionar a produção e a exportação de carnes do Brasil. Roubo de dados é caso de polícia. A utilização de dados sigilosos roubados do Brasil para desfavorecer o país em disputas comerciais é caso de polícia.

O Ministério da Agricultura deveria acionar a Polícia Federal para que investigue o acesso de ONGs internacionais aos seus servidores e aos servidores das Agências de vigilância sanitária dos estados. Também o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, que controla a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deveria investigar o caso.

Saiba tudo sobre o roubo de dados do Ministério da Agricultura no blog do Petterson Molina: clique aqui. Petterson trabalhou na equipe da universidade americana que roubou os dados do Mapa e foi demitido ao descobrir o esquema e se recusar a fazer parte dele.

Professor da Califórnia: comer carne ajuda à Humanidade

domingo, 7 de julho de 2019 no site Verde: a cor nova do comunismo



O prof. Frank M. Mitloehner ficou espantado com os exageros contra o consumo de carne
O prof. Frank M. Mitloehner ficou espantado com os exageros contra o consumo de carne
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Frank M. Mitloehner é professor especializado em Qualidade do Ar, no Departamento de Ciência Animal na Universidade da Califórnia – Davis. 

Ele ficou espantado pela frequência com que a grande mídia pressiona para comer menos carne a pretexto de salvar o clima. 

Alguns ativistas chegam a propor um imposto à carne para reduzir o consumo, comentou “El País” de Madri. 

O sofisma é que essa produção gera mais gases estufa que todo o setor do transporte. 

Porém, diz o professor, isso é falso. 

Trata-se de propaganda veiculada por uma mídia que se diz séria e que leva a suposições inexatas sobre a relação do consumo de carne e a mudança climática.

O prof. Mitloehner levou adiante um projeto para estudar a relação entre esses dois fatores e concluiu que renunciar à carne não é a panaceia que se diz, inclusive se se quer influenciar a mudança climática. 

E levada ao extremo, pode trazer consequências nutricionais negativas.


É contra a ciência dizer que a pecuária é culpada da mudança climática.
É contra a ciência dizer que a pecuária é culpada da mudança climática.

Como exemplo de exagero, Mitloehner cita um relatório do Worldwatch Institute de Washington. 

Em 2009, essa ONG garantia que 51% da emissão de gases de efeito estufa a nível mundial se devia à criação de gado.

Mas, saindo da fantasia, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA procurou as principais fontes emissoras desses gases em 2016 e achou que foram a produção elétrica (28% do total), o transporte (28%) e a indústria (22%). A agropecuária só emitiu o 9%, e a pecuária escassos 3,9%.

Mas as distorções dos jornais e organismos governamentais ditos sérios prosseguem até hoje repetindo o realejo enganador.

Em 2006, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicou mais um estudo de falsas conclusões com o título A grande sombra do gado: problemas ambientais e opções. 

O relatório dizia que a pecuária produzia um espantoso 18% dos gases estufa em todo o planeta e que o gado danificava mais o clima que todos os transportes reunidos.


O prof. Mitloehner desmentiu os falsos e a mídia 'objetiva' lhe caiu acima.
O prof. Mitloehner desmentiu os falsos e a mídia 'objetiva' lhe caiu acima.

A afirmação foi declarada falsa e foi desmentida por Henning Steinfeld, o principal autor do relatório. Steinfeld denunciou um acúmulo de falhas metodológicas e conceituais que provocaram monstruosos erros e distorções.

Mas, o documento falso serviu para os ativistas eco-comunistas espalharem ataques contra o agronegócio.

O prof. Mitloehner quis desfazer esses erros numa conferência dirigida a cientistas em San Francisco, em 22 de março de 2010. E o mundo lhe caiu acima, especialmente a grande mídia.

Até a FAO reconheceu a magnitude dos erros, mas a propaganda já os tinha espalhado pelo mundo como sendo verdade revelada. 

Até hoje os cientistas, aquecimentistas ou não, lutam para tentar restaurar a verdade sobre os inocentes quadrúpedes.

Uma variante da mesma demagogia de fundo anti-humano recomenda deixar de comer carne pelo menos um dia por semana para contribuir à “luta contra a mudança climática”.

“Nada mais longe da realidade” afirma o professor. 

O prof. Mitloehner cita estudo recente que demonstra que se todos os estadunidenses eliminassem todas as proteínas animais de suas dietas, as emissões de gases estufa só diminuiriam num irrelevante 2,6%.


Tentativa da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) “Segunda sem Carne” para “salvar o planeta” foi promovida pela Prefeitura de São Paulo.  Porém, colidiu o bom senso. Acabou no fiasco e na risada.
Tentativa da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) “Segunda sem Carne”
para “salvar o planeta” foi promovida pela Prefeitura de São Paulo.
Porém, colidiu o bom senso. Acabou no fiasco e na risada.

E segundo o trabalho do professor na Universidade de Califórnia – Davis, se toda a população dos EUA adotasse o meatless monday (segunda sem carne), a redução desses gases seria de insignificante 0,5%.

Acresce que as novas tecnologias, sobre tudo em genética e gestão da agropecuária reduziram de modo significativo o problema.

Os países menos desenvolvidos pedem mais carne porque têm carência, por exemplo no Oriente Médio, norte da África e no sudeste asiático.

Nessas regiões o consumo anual de carne oscila em volta da quarta parte dos países consumidores, com desequilíbrio alimentar para populações imensas. 

Tampouco resiste à crítica a suposição de que só com plantas o mundo teria mais comida e calorias por pessoa.

Segundo a FAO, perto do 70% das terras agrícolas do mundo só podem ser usadas para pasto de ruminantes.

Calcula-se que por volta do ano 2050 a população mundial atingirá 9,8 bilhões de pessoas. Alimentar essa multidão será um desafio e não é apenas com plantas que se poderá fazê-lo.

Os nutrientes contidos na carne superam todas as opções vegetarianas.


Ciência nenhuma receita vegetariana têm tantos nutrientes e a humanidade precisa da carne.
Ciência: nenhuma receita vegetariana têm tantos nutrientes e a humanidade precisa da carne.

Além do mais criar gado é fonte de recursos econômicos indispensáveis para os pequenos agricultores nos países mais pobres.

Quer dizer para algo assim como um bilhão de pessoas. Isso não é pouco!

Suprimir o consumo de carne equivaleria a condena-los a uma miséria inimaginável.

Se se quer combater os fatores negativos que agem sobre o ar, a água e a terra, se deve aprimorar a agricultura animal. Essa é a conclusão da ciência, encerra o prof. da Universidade da Califórnia – Davis.

Mas, a confraria verde pouco se importa com a ciência. Ela age em função de motivações ideológicas contrárias ao progresso, à ciência e à civilização. 



Steve Goreham: vivemos num mundo de superstições ambientalistas (inglês)




Steve Goreham é conferencista, colunista escritor e pesquisador sobre questões ambientais. É diretor executivo da Climate Science Coalition of America. Eis uma apresentação no Friends of Science 'Climate Dogma Exposed', Calgary, Canadá, 09-05-2017.

sábado, 6 de julho de 2019

Índios ampliam lavoura, desafiam controles asfixiantes e desmentem utopias comuno-missionárias

Luis Dufaur em 30 de junho de 2019 no site Verde: A Cor nova do Comunismo


Índios paresis querem ampliar lavoura e dominam atualizada tecnologia.

Opinião do blog: Acho um grande absurdo o que descreve o artigo. Como sempre os dirigistas querem determinar o que os outras pode ou devem fazer. Outro absurdo que está no Código Florestal é a obrigação de preservação de 80% das propriedades na amazônia legal  sobre apenas 20% para as atividades econômicas.
      Não somos a favor do desmatamento predatória, dá para fazer o manejo das florestas quando a intenção é apenas a extração de madeira. 
        O país tem muita terra mau aproveitada e mau usada, criei minha consultoria para ajudar a mudar esta situação, mas temos que pensar no futuro e acho fantástico o que esta etnia está fazendo e que deveria ser apoiada por todos.


O povo paresi da terra indígena Utiariti saiu este ano para a colheita de perto de 4.000 hectares de milho que ele mesmo semeou com atualizada tecnologia

Em fevereiro, suas modernas máquinas haviam colhido 9.000 hectares de soja, informou reportagem da “Folha de S.Paulo”, rica em informações. 

Nove carretas estavam a postos em Campo Novo do Parecis (410 km ao noroeste de Cuiabá), cidade mais próxima, para transportar a produção de soja e vendê-la.

O exemplo é característico de uma feliz integração dos paresis na grande família brasileira.

Trata-se de mais uma amostra que contradiz as ideologias comuno-ecologistas que pretendem mantê-los presos à vida “selvagem” e miserável sonhada pelos teorizadores do missionarismo comunista.

Eles queriam fazer a colheita e a comercialização da safra apesar da oposição do Ministério Público Federal e da falta de licenciamento ambiental junto ao Ibama, noticiou ainda a “Folha”

Eles estão progredindo e querem melhorar ainda mais para bem de suas famílias, dos filhos e do Brasil do qual se sentem parte viva e inseparável.

No fim do ano passado, os paresis formaram uma cooperativa e encerraram contratos com produtores rurais não brancos, um dos pontos de discórdia com o MPF, explicou a  “Folha”.

Os índios garantem que não usam sementes transgênicas em suas terras, para não ter problema com a lei 11.460. 

Se não fosse a punição legal os índios que conhecem a natureza não dariam importância à demagogia ambientalista contra os transgênicos. 


No ano passado, por exemplo, o Ibama multou em R$ 128 milhões a diversos produtores indígenas e não indígenas por usá-los.

“Nós preservamos o meio ambiente, nossas terras e tradições. Apenas queremos usar uma pequena parte para nosso sustento”, diz Ronaldo Zokezomaiake, 44, presidente da Copihanama, a cooperativa dos paresis.

“Os índios paresis plantam e produzem com muita competência, demonstrando que podem se integrar ao agro sem perder suas origens e tradições”, tuitou o ministro de Meio Ambiente Ricardo Salles após visitar a terra indígena.

Paresis se defendem “acham que o índio tem de viver no período pré-colonial”
Paresis se defendem “acham que o índio tem de viver no período pré-colonial”

Os paresis receberam uma área total de 1,5 milhão de hectares, mas plantam soja, milho, feijão e girassol em apenas 14.600 hectares delas, ou 1% área da reserva criada em 1984.

Se não fossem índios, seriam apontados como alguns dos mais monstruosos latifundiários improdutivos do Brasil e tal vez expropriados para fins de reforma agrária. 

A tradição agricultora, explica Ronaldo, remonta a 1976, quando cinco índios foram levados por missionários católicos para conhecer plantações no Rio Grande do Sul e aprenderam a operar tratores. 

Quando retornaram, iniciaram a primeira lavoura de 50 hectares de arroz. 

Um louvável exemplo do que podem fazer os bons missionários não intoxicados pela teologia eco-indigenista ou comunista.

As restrições do governo que diz querer protege-los fizeram que muitos fossem trabalhar em fazendas. 

Então, a população nas terras caiu para menos de 300 pessoas. 

Agora, com uma prudente e ansiada modernização, são 2.600, em 63 aldeias, todas com eletricidade e internet sem fio.

Para plantar soja agiram com bom senso e fizeram um acordo com produtores rurais não índios, que entraram com fertilizantes, insumos, máquinas e parte da mão de obra. 

Os índios cediam a terra e alguns trabalhavam nela. A produção era dividida, após o ressarcimento aos brancos pelo investimento.

O Ministério Público reprimiu os acordos considerando se tratar de arrendamento proibido pelo artigo 231 da Constituição, que fala em “usufruto exclusivo” das terras pelos povos indígenas.

Mas essa visualização que soa a sectária ou racista na verdade contradiz os mais profundos e melhores anseios do povo paresi. 


Lavoura moderna e produtiva, integrada no Brasil do qual se sentem parte como nós.
Lavoura moderna e produtiva, integrada no Brasil do qual se sentem parte como nós.

O pretexto parte de teologias ou ideologias que são contrárias ao povo índio na hora dos fatos.


Ronaldo critica justamente quem quer impedir a produção em terra indígena: “acham que o índio tem de viver no período pré-colonial.”


Arnaldo Zunizakae, 47, vai com frequência a Brasília conversar com ministros e deputados ruralistas na esperança que o novo governo acabe essa situação que eles consideram injusta.

A  “Folha” explica que os paresis propõem que o governo estabeleça linhas de crédito específicas para a agricultura indígena, uma vez que as terras, por serem da União, não podem ser oferecidas como garantia.


Também defendem que a legislação permita acordos de produção com não índios e o uso de sementes transgênicas. 

“Se a lei autoriza o não índio a plantar transgênico, por que essa desproporcionalidade no tratamento conosco?”, pergunta Arnaldo.


Em razão da situação jurídica incerta, os índios têm tido dificuldade em fechar contratos com grandes empresas de alimentos e precisam se contentar com firmas menores, perdendo no preço.


Segundo Arnaldo, a semente transgênica gera produtividade 10% maior e requer menos agrotóxicos, o que ajuda a proteger o ambiente. 

“Ainda estamos longe de fazer a agricultura como deve ser feita”, diz ele. Na última safra de soja, a produtividade foi de 47 sacas por hectare, quando a média nacional é de 55.

Mas o saldo, segundo os índios, é amplamente positivo. No ano passado, distribuíram R$ 1,3 milhão para as aldeias.

“Aqui há 20 anos, tinha guarda na porta do supermercado, porque achavam que o índio ia roubar. Hoje eles abrem as portas para nós, sabem que vamos comprar”, diz Arnaldo.

Os índios, diz, não podem viver apenas da caça, pesca e coleta.


“Temos 400 anos de contato com brancos, nossa cultura sofreu interferência”, afirma ele, que nega que sejam manipulados por fazendeiros ou o governo. “Não é verdade, é tudo decisão nossa”, diz.

Gilberto Vieira secretário-adjunto do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), órgão dependente da CNBB e habitualmente engajado na guerra do ambientalismo contra a agropecuária, manifestou seu desacordo com os índios que diz defender.

Ele não podia dizer outra coisa senão que a autonomia dos povos indígenas tem de ser respeitada quanto à exploração econômica de suas terras, mas é preciso seguir o que diz a lei.

Acontece que a legislação inclui pontos demagógicos de ideologia lulopetista em favor do comuno-tribalismo e que enforcam os povos indígenas num esquema utópico de que os paresis querem se libertar.


Vieira afastou toda dúvida sobre sua antipatia ideológica contra os índios que querem progredir. 

Paresis garantem que transgênico não traz problema mas ajuda
Paresis garantem que transgênico não traz problema mas ajuda
“Essas atividades têm de ser feitas de acordo com os usos e costumes tradicionais do povo, e não me consta que produção de soja se encaixe nesses requisitos”, diz Vieira. 

Quer dizer, os paresis não podem fazer o que estão fazendo porque a ideologia verde-comunista não quer. 

Estão sendo coagidos a “viver no período pré-colonial”, como disse o índio Ronaldo.

Vieira arrematou que se os paresis seguem querendo progredir no sentido que o estão fazendo, em palavras da “Folha de S.Paulo”: “isso poderia, no limite, levar até à revisão da posse da terra dos paresis”.

Quer dizer perderão suas terras. Isso é claro soa como uma ameaça.


O funcionário do tentáculo da CNBB condenou os índios com vigor: “os paresis aderiram a uma lógica de mercado. Isso pode gerar ganhos imediatos, mas futuramente trazer problemas ambientais e prejudicar os próprios índios”.

Na arbitrária lógica eco-comunista, os índios paresis cometeram um dos piores “pecados” ecologistas: “aderiram a uma lógica de mercado”.

O tentáculo da CNBB vira assim inimigo dos índios como os teólogos eco-comunistas gostam. 

E os verdadeiros índios paresis? Não podem ser como eles querem ser, e ainda são apontados de réus dos piores crimes!

Poderia haver algo mais injusto e mais contrário a unidade do Brasil?