terça-feira, 5 de dezembro de 2017

São Paulo registra redução dos custos de produção de bovinos confinados; Goiás registra alta

BeefPoint em 04/12/2017

Resultado de imagem para confinamento de gado de corte

Na sexta edição do Informativo de Custos de Bovinos Confinados (ICBC) identificou-se redução dos custos para as propriedades representativas localizadas no estado de São Paulo e aumento para a propriedade de Goiás. Os custos da diária-boi (CDB) em novembro foram de R$ 8,11, R$ 8,03 e R$ 7,51 para os confinamentos de São Paulo médio (CSPm), grande (CSPg) e de Goiás (CGO), respectivamente (Tabela 1).
Apesar de alguns itens alimentares terem aumentado de preço como o milho grão, polpa cítrica e farelo de soja, alguns coprodutos, pelo contrário, reduziram. Foi o que se identificou com relação ao farelo e caroço de algodão e o Refinazil. Assim, de forma geral, os custos alimentares reduziram para as propriedades estudadas.
Os preços do animal magro de 12 arrobas aumentaram em 7,9% para o estado de São Paulo entre os meses de outubro e novembro; já em Goiás houve redução de 0,4%, segundo o nosso monitoramento mensal. Essa elevação em São Paulo impactou no custo total (CT) da arroba produzida, aumentando-o em média 5,3% para as propriedades CSPm e CSPg.
Conforme descrito na Tabela 2, os CT para CSPm, CSPg e CGO foram de R$ 142,07, R$ 140,77 e R$ 132,70 por arroba, nessa ordem. Esses valores foram superiores aos divulgados na edição anterior (5), exceto para CGO. Concluímos que os CDB reduziram para CSPm e CSPg devido aos itens alimentares;
o CT, para essas mesmas propriedades, aumentou, influenciados principalmente pela elevação de preços do boi magro. Para a propriedade de Goiás, CGO, o cenário foi de poucas variações. Portanto, os confinadores e técnicos deveriam se atentar aos indicadores de custo que utilizam no cotidiano, já que podem apresentar comportamentos distintos, como foi verificado neste mês por este informativo.
Considerações da análise de custos:
O método de alocação dos custos contempla quatro categorias: i) custos variáveis (aquisição de animais e despesas relacionadas); ii) custos semifixos (energia elétrica, telefonia e combustíveis); iii) custos fixos (mão de obra, depreciações e manutenções); e iv) renda dos fatores (juros sobre o capital de giro e sobre o capital próprio). Desta forma todos os itens de custos foram inclusos conforme a Teoria Econômica.
A análise de todos os custos se faz necessário para evitar a descapitalização do produtor na atividade. Entretanto, é comum analisar os resultados por meio de outros indicadores. A Tabela 2 demonstra os custos resumidos com os principais indicadores da atividade.
Considerações Metodológicas do Estudo:
Para calcular os custos de produção apresentados acima, foram utilizados procedimentos metodológicos descritos na literatura científica. Primeiro foi feito estudo de caso em um confinamento de bovinos no estado de São Paulo do qual os dados foram coletados e descritos em planilha eletrônica, Microsoft Excel®. Os dados foram alocados, organizados e as equações matemáticas foram revisadas e validadas com profissionais do setor. Na segunda etapa do estudo foi feito levantamento – survey – com dez confinadores do estado de São Paulo e nove em Goiás.
No levantamento os confinadores foram entrevistados pelo pesquisador sobre as características do seu sistema produtivo por meio de um questionário. Essas informações serviram de subsídios para delinear as propriedades representativas, ou seja, os custos apresentados neste informativo representam o confinamento com as características mais comuns da amostra e não uma propriedade em específico. Os coeficientes técnicos levantados foram descritos na Tabela 3, os quais serão atualizados regularmente para acompanhar a evolução tecnológica da atividade.
Fonte: Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal (LAE), da FMVZ/USP, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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