segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Por princípio sou compra benefícios e desonerações de impostos para qualquer setor, o que o país precisa é de uma verdadeira reforma tributária. Todos os estados estão ou "quebrados" ou em dificuldades financeiras e, portanto, precisando de dinheiro para fechar as contas. O que não tenho visto de nenhum governante é um programa sério de corte de custos, diminuição da burocracia, fim de privilégios e racionalidade administrativa. Mais uma vez teremos aumento da carga tributária para pagar as irresponsabilidades dos governantes. Com relação à produção de carnes provavelmente teremos uma reversão na retenção de matrizes o que em aproximadamente dois anos teremos mais um ciclo de alta no preço da carne. JEPAlayon.


Pecuarista deve ser o primeiro elo da cadeia a sofrer o impacto da cobrança de imposto de 11% na venda de carne ao consumidor final

Alisson Freitas
A grave crise econômica instaurada no País tem feito os órgãos públicos revisarem os benefícios concedidos a diversos setores. No fim de dezembro o governador Geraldo Alckmin extinguiu a isenção de ICMS das carnes em São Paulo, estabelecendo a cobrança de 11% do tributo nas vendas ao consumidor final e 7% para a indústria a partir de 1º de abril de 2017.
Em nota, a Secretaria da Fazenda do Estado alega que “os ajustes estão fundamentados em estudos realizados pela Secretaria da Fazenda que indicaram a necessidade de modular a desoneração tributária com foco na manutenção do emprego, estímulo à atividade econômica e sustentação da arrecadação”.
Para o analista de mercado da Scot Consultoria, Alex Lopes, é impossível prever de que forma os preços serão repassados no varejo. “É um momento delicado, em que o consumo já está baixo, e aumentar o preço da carne deve acarretar em mais produtos parados na prateleira”.
Ele explica também que o mercado passou por uma situação parecida no segundo semestre do ano passado, onde mesmo com as cotações em alta, o varejo segurou os preços repassados ao consumidor para evitar uma redução maior de consumo.
Em termos de impacto na cadeia produtiva, Lopes acredita que o primeiro elo a sentir a cobrança do ICMS será o pecuarista. “Com isso a indústria deve comprar menos animais para o abate e aumentar a pressão de baixa na cotação da arroba”.
A situação para o produtor pode ser ainda mais dificil, caso se confirme as projeções de aumento de oferta de animais terminados a partir do segundo bimestre de 2017. “Com o preço do bezerro bem menos atrativo em relação a anos anteriores, os pecuaristas não devem pensar duas vezes antes de mandar as fêmeas para o abate. Com mais animais terminados no mercado, os frigoríficos ganham mais poder de barganha e os produtores ficam sem muitas alternativas”, concluiu o analista.
Fonte: Portal DBO

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