Em 10/10/2017 no site MilkPoint.
Taxa de prenhez das filhas (DPR)
A taxa de prenhez das filhas (DPR) permite que os gerentes das fazendas meçam a rapidez com que suas vacas ficam gestantes novamente depois do parto, e é definida como a porcentagem de vacas não gestantes que ficam gestantes durante cada período de 21 dias (CDCB 2014).
Um DPR de valor 1 implica que as filhas de um determinado touro são 1% mais propensas a ficarem gestantes durante esse ciclo estral do que as filhas de um touro com uma avaliação de valor 0. Os dados para avaliar DPR melhoraram nos últimos anos, pois mais rebanhos relatam todas as inseminações e resultados de diagnóstico de gestação.
O cálculo do DPR começa com dias abertos, o intervalo entre o parto e a data da cobertura bem-sucedida. Os dias abertos podem ser convertidos para taxa de prenhez da seguinte forma: taxa de prenhez = 21 / (dias abertos - período voluntário de espera + 11), onde o período voluntário de espera é a fase inicial de lactação durante a qual não ocorrem inseminações (geralmente de 60 dias). O fator de +11 se ajusta ao dia médio do ciclo de 21 dias para que as vacas que concebem durante o primeiro ciclo recebam 100% de crédito em média (CDCB 2014).
Por exemplo, uma vaca com 154 dias em abertos teria 154 - 60 + 11 = 105 dias em que o inseminador estava tentando insemina-la. Nesses 105 dias, esperam-se 105/21 = 5 ciclos estrais. Assim, a taxa de prenhez para esta vaca seria 1/5 = 20 por cento. Esta abordagem é mais tarde convertida em uma aproximação linear mais simples. A taxa de prenhez = 0,20 é aplicada a dados ajustados por dias em abertos antes da análise do modelo animal para que as soluções sejam expressas como DPR (VanRaden et al 2002).
A herdabilidade do DPR é de 4 por cento, o que indica a proporção de variação observada na característica que se deve à genética. Fatores ambientais e de manejo têm grande influência na reprodução de vacas leiteiras. No entanto, dada a importância econômica significativa da eficiência reprodutiva na rentabilidade do rebanho leiteiro e a disponibilidade de avaliações genéticas para a taxa de prenhez das filhas, os critérios de seleção do pai e da mãe devem incluir o uso de touros e vacas que melhorem a fertilidade.
Outras características de fertilidade (USDA)
Taxa de concepção das novilhas (HCR): capacidade da novilha conceber, definida como porcentagem de novilhas inseminadas que ficam gestantes em cada serviço; um HCR de valor 1 implica que as filhas deste touro são 1% mais propensas a ficarem gestantes como novilhas do que as filhas de um touro com uma avaliação de valor 0 (CDCB 2014).
Intervalo parto primeira inseminação (CFI): habilidade da vaca lactante para retomar a ciclicidade pós-parto, definido como dias do parto até a primeira inseminação (CDCB 2014).
Taxa de concepção das vacas (CCR): capacidade da vaca lactante conceber, definida como porcentagem de vacas inseminadas que ficam gestantes em cada serviço; um CCR de valor 1 implica que as filhas deste touro são 1% mais propensas a ficarem gestantes durante essa lactação do que as filhas de um touro com uma avaliação de valor 0 (CDCB 2014).
Índice de fertilidade (raça Holandesa)
Um índice de fertilidade foi desenvolvido pela Associação da Raça Holandesa dos EUA que combina as 4 características de fertilidade mencionados anteriormente em um índice geral. Por definição, este índice descreve a capacidade de conceber como novilha, capacidade de conceber como vaca em lactação e a habilidade geral da vaca para começar a ciclar novamente após o parto, mostrar cio, conceber e manter a gestação. O índice de fertilidade é derivado da fórmula:
índice de fertilidade = 18% taxa de concepção das novilhas (HCR) + 18% taxa de concepção das vacas (CCR) + 64% taxa de prenhez das filhas (DPR)
Haploides que afetam a fertilidade
Descobertas de novos defeitos recessivos que afetam a fertilidade e o nascimento de fetos mortos foram recentemente descritas em detalhes (VanRaden et al., 2013; Cole et al., 2016). Como parte das vantagens de testes genéticos, os criadores têm a oportunidade hoje de acessar informações de haploides que são rotineiramente relatados, para rastrear a condição de portador dos animais e também para identificar novos transtornos recessivos. Um estudo recente de Cole et al. (2016) demonstrou que os haploides de fertilidade geram perdas econômicas de quase US$ 11 milhões devido à redução da fertilidade e da morte perinatal do bezerro. O importante é que essas perdas econômicas podem ser evitadas usando informações genômicas em conjunto com sistemas de acasalamento para evitar o cruzamento dos portadores desse haploides, sem sacrificar o mérito genético.
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