A CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) aprovou este mês a primeira soja geneticamente modificado (GM) no Brasil que, além da resistência a insetos, é tolerante a três herbicidas: glifosato, glufosinato de amônio e ácido diclorofenoxiacético. Pertencente à Dow AgroSciences, a variedade Conkesta Enlist E3 foi liberada para plantio, consumo humano e animal.
Para poder comercializar o produto no país, ainda é necessária a autorização e registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O produto também já obteve a liberação na Argentina em 2016, mas também não está sendo comercializada no país vizinho. A Dow AgroSciences afirma que ainda não há data marcada para um lançamento mundial.
De acordo com o CIB (Conselho de Informações sobre Biotecnologia), o evento aprovado foi obtido através do cruzamento dos eventos DAS-44406-6 x DAS-81419-2 e contém dois genes (cry1Ac e cry1F) referentes à resistência de insetos e três (aad-12, 2mepsps e pat) relativos à tolerância a herbicidas.
Os genes cry são provenientes da bactéria de solo Bacillus thuringiensis (Bt) e têm ação inseticida. Já o aad-12 vem da bactéria de solo Delftia acidovorans e confere tolerância ao 2,4-D. O 2mepsps, por sua vez, é um gene retirado do milho e confere tolerância ao glifosato. E o pat provém da bactéria de solo Streptomyces viridochromogenes, responsável pela tolerância ao glufosinato de amônio.
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