Por Thuany Coelho
Em 07/08/2017 no site Portal DBO
Ampliar fotoRemuneração ao produtor também teve aumento
A redução da alíquota do ICMS de gado em pé de 12% para 7% nas operações interestaduais já surte efeitos em Mato Grosso do Sul. De acordo com a Secretaria de Fazenda do Estado, julho bateu recorde de venda de gado para outros Estados: 44 mil cabeças. No mesmo mês de 2016, esse número foi de 16 mil, e nos meses anteriores de 2017 não chegava a 5 mil. A medida passou a valer em 1º de julho em MS.
Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Jonatan Barbosa, os resultados foram bons direta e indiretamente. “Além de sair gado para Paraná e São Paulo, indiretamente fez o JBS se mexer, o que destravou o mercado em geral”. Ele ainda disse que, nesse período, cinco frigoríficos voltaram a operar e que esse número pode chegar a 12. “Nós, o governo do Estado, a Famasul e os sindicatos estamos trabalhando para reabrir unidades e que novos também possam entrar no mercado”.
A venda de gado para fora do Estado veio acompanhada de aumento da remuneração da arroba para o produtor. “Há uns 20, 30 dias, os frigoríficos de MS estavam oferecendo R$ 112 na arroba. Semana passada já me ligaram falando em R$ 120. Unidades de outros Estados aumentaram a busca lá e então começa a faltar para eles, que estavam mais sossegados, e isso melhora a situação para o pecuarista”, conta Giuliano Benez, comprador de boi gordo.
De acordo com ele, o destino das saídas depende da proximidade com os Estados compradores. “Os frigoríficos do Paraná procuram mais no sul de MS, já os de São Paulo pegam do bolsão de Água Clara, Ribas do Rio Pardo. Quanto mais longe, aumenta o frete e isso reduz o valor pago”. Segundo ele, frigoríficos de fora estão ofertando entre R$ 122 a R$ 125 nas vendas a prazo.
A redução da alíquota tem prazo de 90 dias em MS e não deve ser estendida, segundo Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Estado (Semagro). “Queremos estruturar a cadeia frigorífica e ampliar a capacidade de abate dentro do Estado”. Ele acredita que após esse período de diminuição do imposto, os frigoríficos estarão em condições de aumentar o volume de abate e atender às necessidades dos produtores.
Fonte: Portal DBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário